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Luciana Cunha (Foto: divulgação)


Editora Literar completa 5 anos em setembro



Por Gisele Oliveira


Eles são verdadeiras fontes de inspiração, convites para desbravarmos novos mundos e um incentivo para explorarmos a imaginação. Sim, os livros têm o poder de adaptação e agradam a todos os tipos de leitores. Encantada por este mundo infinito do conhecimento e envolvida por mágicas experiências de leitura, Luciana Cunha nutria o sonho de abrir a própria editora.

 

 

“O desejo de trabalhar em uma editora vem dos tempos da faculdade de Letras e Literatura de Línguas Portuguesas. Desde criança, sou amante dos livros e de literatura, então, trabalhar com o objeto da minha paixão era um sonho, que começou a tomar forma em 2013, quando eu, que sou escritora de poesias e crônicas, começo a editar, informalmente, livros para a publicação de antologias de um grupo de poetas do Brasil. Até 2014, revisei e coordenei outros trabalhos editoriais, além das antologias. Entre janeiro de 2015 e abril de 2016, trabalhei em outra editora, até que, em setembro de 2016, a paixão pelos livros, o amor e o encantamento pelo trabalho editorial me levaram a criar a Editora Literar, que surgiu para ajudar escritores independentes que têm o sonho de publicar um livro, mas não sabem por onde começar”, conta Luciana Cunha, escritora e diretora da Editora Literar.


 

Luciana Cunha com a autora e atriz Monah Delacy, no lançamento do livro de autoria da atriz, Introdução ao Teatro (Editora Literar), em 2018.

 

 


No próximo dia primeiro de setembro, a Editora Literar completa 5 anos. Até conseguir ingressar no ramo editorial, Luciana revela que precisou atuar em outras áreas no mercado de trabalho. No entanto, a paixão pelos livros e o desejo de auxiliar novos escritores na publicação de suas obras não saia dos seus pensamentos.


  

“Trabalhei informalmente em concomitância com emprego formal durante 2 anos, na maioria das vezes apenas pelo prazer e o aprendizado. Foram trabalhos sazonais, que muitas vezes fiz nas madrugadas, que me custaram horas de pesquisas e cursos relacionados a serviços editoriais. Fui autodidata em muita coisa, mas com o desejo de crescer e oferecer o melhor aos autores, vi a necessidade de me especializar e conhecer mais a fundo o meio e o mercado editorial, então fui fazer uma pós-graduação no Rio em Gestão e Produção Editorial. Além disso, tive que vencer o medo, a insegurança de saber se realmente seria capaz de tocar meu próprio negócio, se valeria a pena deixar um emprego e ser uma empreendedora, num país de economia tão instável. Eram muitas as incertezas, mas fui com a cara e a coragem”, revela. 

 

 

Quem é leitor assíduo, de livros físicos, sabe que existe todo um ritual que envolve a experiência da leitura. Não é apenas abrir um exemplar e ler, mas apreciar a capa, a composição, sentir a textura do papel e também o cheiro das páginas. No entanto, estamos na era tecnológica e muitas novidades invadiram o setor editorial.

 

 

"As Marias" na contação  da história  no lançamento do livro "Na casa da tia Zeta" (Editora Literar, 2019), de Sirlene Bastezine


“O e-book é uma realidade que veio para ficar, então não temos como fugir. Apaixonada que sou por um livro de papel - amo o cheiro, o toque, tudo -, ficava muito reticente com relação aos livros digitais e, consequentemente, à sua produção. Hoje, todo autor da Editora Literar já leva, além da versão impressa, a versão digital do seu livro. Apesar de, no que diz respeito a livros para ler, eu ser aquela leitora raiz, que não troca o livro impresso por nada, por outro lado amo a tecnologia. Então, quando surgiu o QR Code eu já vi uma possibilidade de interação do leitor do livro físico com algum conteúdo virtual relacionado e tratei de trazê-lo para a realidade da editora. Temos alguns livros em que utilizamos o QR Code, inclusive infantil, que transporta o pequeno leitor para um conteúdo musical relacionado ao livro”, destaca.

 

 

Ainda nos anos iniciais de uma trajetória de muito sucesso, a Editora Literar já ganhou destaque no mercado ao conceder oportunidade de publicação a novos escritores de Petrópolis que, inclusive, já são citados em artigos científicos pelo mundo.

 

 

Alguns livros produzidos em meio a uma pandemia



“Atualmente, a Editora Literar tem em seu catálogo cerca de 50 livros, mais de 30 são de autores petropolitanos ou residentes em Petrópolis. Temos obras sobre Petrópolis que já são preciosos legados para nossa cultura; são livros utilizados como fontes de pesquisas científicas, citados em dissertações e teses Brasil afora. O “Petrópolis na História”, de José Luiz de Mendonça Costa, por exemplo, está presente em várias bibliotecas do Brasil e levou o nome da Editora Literar a ser citado em várias referências bibliográficas. Como petropolitana declaradamente apaixonada, isso é motivo de muito orgulho para mim e de grande responsabilidade também”, frisa.

 

 

Inicialmente, a pandemia afetou o mercado editorial, assim como aconteceu em tantos outros setores. No entanto, quando perguntada sobre os projetos e como analisa o cenário de consumo para os próximos anos, Luciana se mostrou empolgada com o aumento no número de leitores no país. 

 


Em 2018, a Editora Literar chegou a Fortaleza/CE e Luciana Cunha viajou para lá para lançar o livro “Contos da minha nuvem”, um projeto para realizar o sonho do saudoso escritor Pedro Guilherme.
 


“Ao contrário do que muita gente pensa, o número de leitores tem crescido no Brasil. Ainda estamos longe do ideal, mas hoje lemos muito mais que há vinte anos. Meus ‘clientes’ são escritores, são artistas, ou são profissionais que buscam materializar e eternizar em um livro aquilo que eles, com muito carinho, querem oferecer, deixar como legado para quem, de alguma forma, faz parte de seus universos. Meu trabalho é do tamanho da materialização do sonho de cada autor. Eu sempre me lembro e repito o meu autor preferido, Manoel de Barros, que diz que ‘a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós’. Nada é mais gratificante para uma editora do que no final de cada trabalho ver a alegria, a satisfação e a realização estampadas no esgar emocionado de cada autor. Por isso, estamos com 11 livros em fase de produção: três infantis, dois de poesias, dois de biografia, um de crônicas, três sobre Petrópolis. Vem muita coisa boa por aí”, finaliza.

 

 



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