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A Prefeitura de Petrópolis apresentou nesta terça-feira (30) o Plano de Contingência do Município para Chuvas Intensas, elaborado pela Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias. Entre os destaques do planejamento para o período de chuvas está a integração entre os órgãos de governo, reforçada pelos serviços do Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (CIMOP). Na ocasião também foi apresentado o trabalho de reestruturação do serviço, que desde abril funciona na sede da Defesa Civil, contando com maior integração entre os órgãos e permitindo um melhor funcionamento dos protocolos de monitoramento, operações e comunicação da cidade.

 

“O CIMOP resume bem o que é o nosso governo, que é um governo de integração, de diálogo, de parceria. Essa é uma ação integrada de fato, que gera resultados muito positivos para a cidade”, destacou o prefeito Hingo Hammes, que lembrou da decisão, no início deste ano, de reestruturar o antigo CIOP. “Quando tivemos a ideia de trazer o antigo CIOP e transformar em CIMOP aqui na Defesa Civil, foi com o intuito de integrar ainda mais as forças e as áreas de governo para agilizar e otimizar o atendimento da população. Hoje estamos aqui apresentando oficialmente este espaço, mas é importante lembrar que é operação que já está ativa, em pleno funcionamento, e está dando certo”, reforçou o prefeito.

 

O Plano Verão 2021/2022 estabelece procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos, de forma direta ou indireta, em situações de emergência causadas pelas fortes chuvas.  A elaboração do plano contou com análises técnicas e mapeamento de áreas de risco, além de um trabalho integrado com demais secretarias de governo, representantes de órgãos das esferas Estadual e Federal, além de instituições que possam contribuir na atuação para o socorro, assistência e reabilitação da cidade.

 

O documento, que já está disponível no site da Defesa Civil, reúne uma série de planejamentos operacionais e de gestão com o foco na celeridade no atendimento à população. O plano, que já está em vigor e vale até março de 2022, espelha ações que foram desenvolvidas ao longo do ano para reestruturação da Defesa Civil. Hoje (30), a secretaria atua com reforço operacional para os dias de chuva forte; conta com equipe técnica especializada para a emissão de boletins e avisos meteorológicos; tem o suporte de equipamentos de monitoramento como o sistema de detecção de raios, estações geotécnicas para a avaliação de infiltração do solo e avaliação de riscos de deslizamentos; além de câmeras nas viaturas para a transmissão de imagens de ocorrências em tempo real durante operações.

 

“A Defesa Civil atua em várias ações para otimizar recursos e melhorar o atendimento da população para que seja mais célere e eficiente. O CIMOP é um centro de monitoramento de Petrópolis, que busca a gestão integrada de todos os órgãos durante as ocorrências - além da segurança pública. Um exemplo dessa integração é o trabalho que vem sendo feito com a Assistência Social, que atua em plantão para agilizar o atendimento da população”, destacou o secretário, enfatizando o uso da tecnologia na rotina das equipes. “Um exemplo é o uso das bodycams e câmeras on board nas viaturas, que facilitam a obtenção de informação nas ocorrências, o que é caminho para uma atuação com o conceito de cidades inteligentes”, reforçou.

 

Ainda sobre o trabalho integrado, o secretário enfatizou que além da área de Assistência Social, outros setores já atuam em parceria com a Defesa Civil no atendimento a ocorrências, como é o caso da Secretaria de Obras, COMDEP, CPTrans, e empresas de serviços como Enel e Águas do Imperador, entre outros órgãos que são acionados a depender de cada situação.

 

O evento reuniu representantes de diferentes áreas do governo, instituições do município, órgãos de segurança, poder legislativo, entre eles os vereadores Domingos Protetor e Marcelo Chitão; a secretária de SSOP, Karina Bronzo; o comandante do 26° Batalhão de Polícia Militar, o Coronel André Henrique de Oliveira; a comandante do 15° Grupamento de Corpo de Bombeiros, a Tenente Coronel Elisangela Francisca de Matos; a vice-presidente  Conselho Comunitário de Segurança de Petrópolis, Alvanei Santos Abi Daoud; e diretoria do Rotary Club de Petrópolis que tem atuado em parceria em projetos da Defesa Civil.

 



Plano Verão cita áreas com suscetibilidade a deslizamentos, inundações e vendavais

 

O plano para o verão 2021/2022 faz referência ao Plano Municipal de Redução de Riscos, que aborda 96 setores de riscos para ocorrência de deslizamentos, em 19 regiões geográficas do município. Destaca também as principais áreas de ocorrência de inundações, sendo apontadas as localidades do Quitandinha, Bingen, Corrêas, Nogueira, Pedro do Rio e Posse. Da mesma forma, o plano aponta riscos de quedas, tombamentos e rolamento de blocos. No primeiro distrito são identificadas 27 áreas; no 2° distrito, outras 19; e mais 10 regiões pelos 3°, 4° e 5° distritos.  O plano verão ainda relaciona regiões com maior tendência para ocorrências de vendavais, 12 localidades no 1° distrito e outras 3 pelos 2°, 3° e 4° distritos, que são comumente afetadas com quedas de árvores e destelhamentos.

 

A depender de cada situação, o plano descreve procedimentos operacionais a serem adotados pelas equipes das agências envolvidas, assim como representantes de comunidades, que possuem atribuições sobre as ações a serem desempenhadas durante eventuais ocorrências no município. Desde o início da atual gestão, a Defesa Civil desempenha trabalho de alinhamento, não somente com instituições de governo, mas com as comunidades, através dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDEC) que atuam como interface nas localidades.

 

Os procedimentos estabelecidos para o Plano Verão 2021/2022 seguem as diretrizes do Manual de Gerenciamento de Desastres – Sistema de Comando de Operações (SCO), conforme orienta a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. “A proposta é atuar de maneira padronizada para respostas aos desastres, de forma a obter maior segurança, não apenas para as equipes em atuação, mas consequentemente com maior efetividade no atendimento à população”, destacou o diretor operacional da Defesa Civil, o Tenente Coronel Marcelo Abreu.


Para a efetividade das ações, o Plano Verão 2021/2022 sugere um fluxo de medidas a serem seguidas a partir do nível de gravidade de cada situação. A Defesa Civil atua em Estágios Operacionais que seguem níveis de Normalidade, Observação, Atenção, Alerta e Crise. Para cada estágio são adotados protocolos para as diferentes ações de resposta à população. Sendo desde a mobilização interna das equipes da Defesa Civil, ou outros setores do município. Além das ações de preparação das comunidades em áreas de riscos, emitindo avisos para chuvas fortes, acionamento do sistema de alerta e alarme, até a mobilização para evacuação das localidades em caso de risco eminente.


 

CIMOP: monitoramento constante auxilia no acionamento do plano de contingência

 

A nova estrutura do Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (CIMOP) conta com a integração de diferentes setores que, em situação de emergência por conta de chuvas intensas, serão acionados de acordo com os protocolos definidos no Plano Verão. Desde que foi instalado na sede da Defesa Civil, o setor, que faz parte da Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), passou a funcionar com nova estrutura, integrando Defesa Civil, CPTrans, Comdep, Guarda Municipal e SAMU. O órgão ainda interage ainda com a ENEL, Águas do Imperador, Corpo de Bombeiros, polícias Militar, Civil e Federais. A unidade monitora em tempo real, 56 câmeras instaladas em diversos pontos da cidade.

 

Para o diretor do CIMOP, o Major Leonardo Trancoso, essa integração entre agências é o que oferece o diferencial para uma atuação ágil e eficaz para a oferta de serviços. “O foco é promover maior conectividade entra as agências e serviços para a população. Isso é o que o CIMOP oferece atualmente, uma maior agilidade na tomada de decisão, o que faz parte do conceito de cidades inteligentes, levando em consideração questões como governança, sustentabilidade e meio ambiente”, explicou o Major.

 

Entre os serviços integrados no CIMOP, o setor conta com diferentes plataformas de coleta de dados, que possibilitam identificar as localidades com maiores acumulados de chuva. Já está em processo de estruturação uma plataforma, desenvolvida pela Wiiglo Tecnologia da Informação, através de uma parceria, que tem como proposta integrar a coleta de dados. O sistema ainda oferecerá informações que poderão agilizar o trabalho operacional e a adequação no direcionamento de recursos para resposta aos danos causados pelas chuvas.  A plataforma, que usa inteligência artificial para analisar dados, será mais uma ferramenta de monitoramento para o período de chuvas e está prevista para começar a funcionar em janeiro.



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