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Residência em TIC do Serratec já formou mais de 480 profissionais e tem inscrições abertas para Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Areal e cidades próximas até 19/01. Mulheres terão prioridade.

 

A carência por profissionais no mercado de tecnologia segue crescendo. O setor é um dos que mais contratou na última década em todo o mundo e deverá seguir contratando pelos próximos anos, inclusive no Brasil. Para reduzir esse déficit de profissionais qualificados e fortalecer o setor de TI na região, o Serratec – Parque Tecnológico da Região Serrana está com vagas abertas para a Residência em TIC para o primeiro semestre de 2022. São 130 vagas para o curso de Desenvolvimento de Software para quem mora em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Areal, ou cidades próximas. E 35 vagas para Infraestrutura de Redes, prioritariamente para mulheres de Petrópolis e municípios vizinhos. O Programa, realizado em parceria com Firjan/Senai e SInditec, é gratuito e está com inscrições abertas até 19/01, pelo site serratec.org/residencia. As aulas são online e ao vivo, com alguns encontros presenciais, e vão de março a julho, totalizando 720 horas de conteúdo teórico e prático. 

 

Desde 2019, a Residência em TIC do Serratec já formou mais de 480 profissionais em programação na região e cerca 70% deles conseguiram se empregar nas empresas parceiras do Programa, imediatamente após concluir a capacitação. Ou seja, a cada dez pessoas que finalizaram a qualificação profissional, sete logo conseguiram um emprego no aquecido mercado de TI e praticamente 100% delas continuam ativas e se desenvolvendo na carreira de tecnologia. 

 

Em um país de mais de 13 milhões de desempregados, sobram vagas e faltam pessoas qualificadas em TI, gerando um déficit que pode ultrapassar meio milhão de profissionais, é o que revela o estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia ΣTCEM”, publicado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais). 

 

O relatório estima que empresas de tecnologia no Brasil demandarão 797 mil talentos de 2021 a 2025 e demonstra que o problema foi agravado, se comparado ao estudo produzido pela instituição em 2019: com o número de formandos aquém da demanda, a projeção é de um déficit anual de 106 mil talentos – 530 mil em cinco anos. São números que refletem, segundo a Brasscom, o crescimento acelerado do setor de TIC e deixam clara a urgente necessidade de que a formação profissional também seja ampliada no mesmo ritmo. 

 

“Com dois anos e meio de implantação do Programa, já começamos a colher resultados do impacto dessa iniciativa, que tem se mostrado fundamental para o crescimento sustentável das empresas de TI da nossa região. Algumas cresceram mais de 100% e até 200% nesse período. Se não houvesse a disponibilidade de profissionais, isso não seria possível”, conta o empresário e presidente do Serratec, Guilherme da Motta Alves.

 

“De outro lado, temos percebido que um percentual relevante dos residentes que formamos têm permanecido empregados, passados mais de seis meses e até dois anos da conclusão da capacitação. E com o amadurecimento profissional, os salários aumentam, proporcionalmente”, explica o empresário. Segundo o estudo da Brasscom, enquanto a média nacional de salários é de R$ 2.001, a remuneração média do setor de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação é de R$ 5.028 – 2,5 vezes superior.

 

Em serviços de alto valor agregado e software, ela chega a ser quase três meses maior que a média nacional: R$ 5.805 e R$5.699, respectivamente. “Estamos falando de uma iniciativa que traz desenvolvimento socioeconômico para as cidades da Região Serrana, através da geração de mais educação, renda, empregos e negócios. E, nesse contexto, fazemos questão de contemplar também a inclusão social, priorizando o acesso a quem historicamente tem menos oportunidades. Tudo isso vem contribuído efetivamente para a transformação da vida das pessoas que participam”, celebra Alves.  

 

“Participar da Residência do Serratec foi o que me deu todas as chances que eu tive para ingressar na área de tecnologia e mudar de vida”, conta João Felipe Bragança, de 30 anos, que concluiu o Programa em 2020 e hoje atua como analista de desenvolvimento em uma empresa de tecnologia, além de dedicar parte do seu tempo como professor e monitor da Residência, apoiando novos residentes nessa jornada. 

 

Antes da Residência em TIC, João Felipe trabalhava à noite e aos fins de semana como pizzaiolo, por sete anos. Ingressou no Programa e teve que pedir demissão do emprego para poder se dedicar com afinco e conquistar, ao final, o que ele chamou de recompensa. “Foi arriscado largar meu emprego. Mas eu via oportunidades. Com o que eu estava aprendendo no curso, sentia a mudança acontecer e percebia que era uma profissão com perspectivas de crescimento, bastava me dedicar. Ouvi algumas histórias de sucesso de quem fez a Residência antes de mim e resolvi acreditar. Não é fácil. O curso exige muito, o ritmo é bem intenso. Mas faria tudo de novo, porque se você se dedicar, tem a recompensa ao final”, atesta João Felipe.  

O ex-residente conta o que ele já ganhou e compartilha seus desafios futuros. “Hoje eu sinto muito prazer com o que trabalho, tenho mais liberdade para estar com minha família, pois não preciso trabalhar à noite nem nos fins de semana de forma sistemática. Ingressei na faculdade em um curso de segurança da informação para continuar estudando, me especializando, e posso pagar por isso. E com o salário que ganho, posso oferecer mais qualidade pra minha família. Ao longo de um ano no mercado, meu salário quase quadruplicou e representa quatro vezes mais do que ganhava antes, como pizzaiolo, fora os benefícios que antes eu não tinha e agora tenho. Meu desafio é continuar me desenvolvendo e me especializando na área de tecnologia”, conclui. 

 

Para 2022, o Programa também inaugura uma nova modalidade de qualificação em TI: Infraestrutura de Redes, que traz o diferencial de ser dedicada preferencialmente às mulheres. “Nosso objetivo é encorajar e empoderar as mulheres para que elas também ingressem e se desenvolvam no mercado de tecnologia, que há muito tempo tem se demonstrado um campo profissional mais masculino, onde mulheres são minoria. Nossa ideia nesse primeiro ciclo de formação é compor uma turma exclusiva de mulheres, porque queremos acelerar esse processo. Queremos contribuir para um mercado de trabalho mais múltiplo, com diversidade de gênero e que ofereça oportunidade de crescimento e desenvolvimento para todos. Porque quando as mulheres crescem, todos nós crescemos!”, contextualiza Thaís Ferreira, Gerente Executiva do Serratec. 

 

Isis de Sousa tem 25 anos, é mãe de duas meninas (de 1 e 5 anos). Trocou o curso de engenharia civil para buscar uma oportunidade em tecnologia. Ela concluiu a Residência em TIC no fim do primeiro semestre de 2021. Desde então, atua como tester em uma empresa de tecnologia parceira do Programa.

 

“Inicialmente eu achava que não seria um lugar pra mim, porque quando ouvíamos falar de programação, de desenvolvimento de sistemas, quase não víamos mulheres. Mas mesmo assim quis entrar, porque sou muito curiosa, queria ver se era pra mim. E uma das coisas que mais me encorajou foi a oportunidade que eu enxerguei de mudar de vida”, relembra Isis.

 

“Participar no curso e ingressar no meu primeiro emprego em tecnologia desmistificou pra mim a ideai de que esse é um segmento masculino. Pude interagir muito bem com outros residentes homens, de igual pra igual, e também no meu ambiente de trabalho. Encontrei pessoas no Serratec que me ajudaram, inclusive compreenderam quando eu tinha que parar um trabalho para amamentar, trocar uma fralda. Foram amigos homens e mulheres que me deram as mãos. E lá encontrei mais mulheres como eu, buscando as mesmas oportunidades de se desenvolverem”, conta a ex-residente.

 

“Precisamos levar informação que na programação tem lugar pra mulheres, pra mulheres mães, pra mulheres jovens e mais velhas, pra mulheres trans, pra todo tipo de gente. E ter mais mulheres no mercado de tecnologia é muito importante, porque quando vemos pessoas iguais a você em um lugar que quer chegar, sabemos que é possível. Representatividade é tudo!”, explica Isis, que após concluir o Programa voltou a estudar, iniciou uma nova graduação, agora em engenharia de software, e estimulou o marido, que está concluindo a Residência em janeiro de 2022. 

 

Para se candidatar ao Programa, seja na modalidade de Infraestrutura de Redes ou de Desenvolvimento de Software não é necessário ter conhecimento prévio em tecnologia, mas é preciso ter concluído o ensino médio e ter acima de 17 anos, além de dedicação aos estudos por cinco meses. Outro requisito é ter renda familiar diferenciada, de até 1,5 salário mínimo por membro da família. Mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras e quem estudou em escola pública terão prioridade no processo seletivo. 

 

Sobre a Residência em TIC do Serratec 

O Programa de imersão tecnológica do Serratec é direcionado a preparar profissionais e aumentar a oferta de trabalhadores qualificados na área de tecnologia. Realizado em parceria com Firjan/Senai, Sinditec, empresas de TI e outros parceiros, a formação alia conhecimento teórico e prático para o aprendizado de desenvolvimento de software fullstack (web e mobile) e infraestrutura de redes de computadores. O residente participa de projetos reais trazidos pelas empresas parceiras/investidoras, e passa a fazer parte de uma comunidade de aprendizagem composta de tutores e mentores que também são profissionais no mercado de trabalho. 

 

Além do conhecimento nas tecnologias abordadas, os residentes têm ainda a oportunidade de aprofundar e desenvolver soft skills, que são habilidades comportamentais e competências interpessoais fundamentais para o desenvolvimento profissional.  

 

O Programa também vem contribuindo para a criação e desenvolvimento de produtos, oferecendo oportunidades para a geração de inteligência, propriedade intelectual e inovação e para o fomento de capital humano capaz de surfar na onda da revolução 4.0. 

 

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