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Rubens Bomtempo, prefeito de Petrópolis / Foto: Divulgação



Prefeito destacou medidas tomadas pelo município 

 

O prefeito Rubens Bomtempo, nesta segunda-feira (21), fez um balanço sobre as ações da Prefeitura com relação às chuvas. Entre os temas abordados, estão: as três grandes chuvas em Petrópolis de 2022 (7 de janeiro, 15 de fevereiro e 20 de março); o atendimento aos desabrigados; os recursos federais e estaduais recebidos pelo município para a resposta às chuvas; os recursos necessários para reconstruir Petrópolis; o seu quarto mandato como prefeito de Petrópolis; as áreas de risco; e a política habitacional na cidade.


 

Veja abaixo os principais trechos:

 

Chuvas de 2022

 

“Petrópolis foi vítima de três grandes chuvas em menos de 90 dias. Está cada vez mais claro que existe uma mudança climática no planeta. Em Petrópolis, nós percebemos isso com o novo padrão de chuvas que assolam a nossa cidade.

 

No dia 7 de janeiro, Petrópolis já foi vítima de uma grande chuva, que, inclusive, me obrigou a decretar a situação de emergência do município. Depois, no dia 15 de fevereiro, aconteceu o maior desastre das chuvas da história de Petrópolis, deixando 233 mortos. E, agora, nesse 20 de março, Petrópolis foi vítima do maior volume de chuva já registrado na história da cidade: mais de 525 milímetros de chuvas em 24 horas”.

 


Atendimento aos desabrigados

 

“Após as chuvas de 15 de fevereiro, chegamos a ter mais de 1.200 pessoas desabrigadas. Essas pessoas receberam atendimento da Prefeitura nos pontos de apoio que montamos nas escolas públicas e em algumas igrejas.

 

No sábado de Carnaval, a Prefeitura tomou a iniciativa de buscar casas para que todas essas famílias pudessem morar pelo programa do Aluguel Social. E nós conseguimos. Até o domingo (20) ao meio-dia, nós tínhamos conseguido o Aluguel Social para cada uma dessas famílias. São 430 famílias que já deixaram os pontos de apoio e já estão morando em casas seguras pelo programa do Aluguel Social.

 

No entanto, nós mantivemos os nossos pontos de apoio abertos, porque a gente já sabia que poderia haver uma grande chuva ontem (20) e hoje (21). Agora, com essas novas chuvas, temos hoje aproximadamente 620 pessoas nesses pontos de apoio da Prefeitura”.


 

Recursos federais e estaduais

 

“Chegaram aproximadamente R$ 8milhões do governo federal após as chuvas de 15 de fevereiro. Sendo que R$ 1,6 milhão nós vamos devolver, porque eram recursos para ações humanitárias. E nós recebemos muita doação nesse sentido. Então seria uma duplicidade de compra de colchonetes, cestas básicas, kits de higiene pessoal, kits de limpeza. Isso nós já recebemos muito. Então nós queremos devolver esses R$ 1,6 milhão ao governo federal para serem utilizados em outra cidade do Brasil que pode estar precisando. Os outros R$ 6,3 milhões que recebemos estão sendo utilizados para consertos de pontes, para limpeza urbana e também para alguns reparos nas margens dos rios.

 

Recebemos também R$ 30 milhões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Com esses recursos, nós fizemos uma grande limpeza da cidade, a contratação da frente emergencial com mais de 1,2 mil homens e mulheres, e contratamos também assistentes sociais e psicólogos. E também iniciamos uma compra de kit moradia com geladeira e fogão para todas essas pessoas que ganharam o aluguel social. Também com esses recursos, o município pôde adquirir um imóvel de R$ 3,5 milhões com 32 moradias para as famílias que perderam suas casas. E recebemos também R$ 250 mil em doações para as famílias”.


 

Recursos necessários para reconstruir Petrópolis

 

“Petrópolis tem uma geografia difícil. Para as obras de contenção de encostas, nós, com certeza, vamos precisar de muitos recursos. É claro que o valor final, mais preciso, nós só vamos ter após a conclusão dos projetos básicos das obras de contenção de encostas. Temos uma equipe hoje trabalhando nisso.

 

Acredito que mais uns 30, 40 dias, vamos ter uma ideia do valor que custaria todas essas contenções. Para captar esses recursos, o governo federal exige que você tenha bons projetos básicos, bem estruturados. E isso demanda tempo. Não tem como resolver da noite para o dia”.


 

Quarto mandato

 

“Petrópolis tem um prefeito com representatividade popular. Se eu fui eleito agora, pela quarta vez, acredito que é porque eu tenha deixado um legado importante para a cidade, principalmente nessa área de Defesa Civil. Talvez eu seja um dos poucos prefeitos do Brasil que tenha um curso de Defesa Civil feito no Japão”.


 

Áreas de risco

 

“Existe um sistema nacional de defesa civil. Há a corresponsabilidade dos governos federal, estadual e municipal nessa questão.

 

O Morro da Oficina, por exemplo, é uma área federal. Nós temos colocado essa questão da invasão das terras federais nas cidades. Em Petrópolis, não foi diferente. Ali é uma área da antiga Leopoldina, quando Petrópolis ainda tinha trem.

 

Fora isso, existe uma desigualdade muito grande, crescente no país nos últimos 10, 15 anos, que acaba empurrando a população mais pobre para as áreas periféricas da cidade. São pessoas que não têm como adquirir uma moradia em local seguro.

 

Em Petrópolis, nós temos um Plano Municipal de Redução de Risco, feito por mim em 2007 e revisitado junto com o Plano Diretor, para tentar impedir as ocupações irregulares. No entanto, com essa chuva do dia 15, as áreas consideradas de alto risco pelo plano tendem a aumentar cada vez mais.

 

Mas temos que destacar também que volumes de chuva como esse de ontem e do dia 15 atingem a cidade como um todo. O coração da cidade, o Centro Histórico, também foi atingido. São áreas de classe média totalmente legalizadas e que foram atingidas”.


 

Habitação popular

 

“Terrenos para construir conjuntos habitacionais em Petrópolis são cada vez mais difíceis de encontrar. Nós tentamos disponibilizar terrenos para a construção de casas populares em áreas seguras. Nós já disponibilizamos para o governo estadual um terreno adquirido pela Prefeitura em 2014 no Caetitu, para a construção de até 400 unidades. E uma forma de fazer ali um reassentamento dessas famílias. Não vai resolver totalmente o problema. As áreas de alto risco na cidade envolvem aproximadamente mais de 10 mil imóveis”.



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