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O encontro ocorreu na Casa de Cláudio de Souza



O casal Benedita Machado (60 anos, doméstica) e Gilson Machado (63 anos, soldador aposentado) emocionou o público da roda de conversa promovida pela Prefeitura para divulgar o serviço Família Acolhedora. Morador do Rio de Janeiro, o casal dividiu a experiência que tiveram de mais de 16 anos como família acolhedora. No período, acolheram 30 crianças e adolescentes.

 

A roda de conversa foi realizada na Casa Cláudio de Souza, na Praça da Liberdade, 247, Centro, nesta quinta-feira (26).

 

"A história dessas crianças e adolescentes, lá no passado, é um pouco a história do meu esposo, mas na época (quando ele era criança) não tinha o Família Acolhedora. Quando acolhemos essas crianças e adolescentes, foi maravilhoso, porque descobrimos que dentro de nós tinha algo que não imaginávamos que tinha dentro de nós, que é conseguir amar alguém que não é nosso. São vidas que passam por nós e deixam aquela saudade. Depois do acolhimento, algo delas fica na gente, e algo da gente fica nelas", disse Benedita.

 

O serviço Família Acolhedora é desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, desde 2016.

 

Esse serviço é uma modalidade de acolhimento para crianças e adolescentes, vítimas de violência, que precisaram ser afastadas do seu núcleo familiar por estarem numa situação de risco. Ao invés de serem colocadas em abrigos institucionais, são direcionadas, temporariamente, para a residência de famílias voluntárias, cadastradas e capacitadas para isso.

 

A advogada Ana Luiza Tótola, de 30 anos, acompanhou a roda de conversa. Ela e o marido são uma das seis famílias habilitadas em Petrópolis para ser uma família acolhedora. Ela elogiou o depoimento de Gilson e Benedita e a atuação da equipe da Prefeitura que coordena o serviço em Petrópolis.

 

"Foi um testemunho muito importante. Sabemos na teoria, mas ver na prática como funciona é muito bom. A equipe do Família Acolhedora em Petrópolis é uma equipe maravilhosa. Nós vemos o comprometimento de cada um. A gente percebe que não está sozinha. No futuro, se eu e meu marido acolhermos, sei que vamos ter um apoio dessa equipe", disse.

 

No evento, a coordenadora do serviço de Acolhimento em Família Acolhedora da Secretaria de Assistência Social, Graciele Vanzan, apresentou o serviço ao público.

 


Família Acolhedora

 

O secretário de Assistência Social, Fernando Araújo, destaca a importância do serviço Família Acolhedora para Petrópolis.

 

"O serviço Família Acolhedora é fundamental para Petrópolis e para a rede de assistência social da Prefeitura. É uma forma de garantir assistência às crianças e adolescentes que foram vítimas de violência. Para isso, nossas equipes trabalham na capacitação e no acompanhamento dessas famílias que querem acolher essas crianças e adolescentes. Neste momento, estamos trabalhando para aumentar o número de famílias participantes", disse .

 

Quem pode acolher?

 

É preciso ser maior de 18 anos, morador de Petrópolis e não estar inscrito no sistema nacional de adoção

 

Como a família interessada deve fazer para participar?

 

Ela deve fazer um pré-cadastro no site da Prefeitura.

 

Depois disso, a equipe da Secretaria de Assistência Social entrará em contato com a família, conversará com ela, e a família será encaminhada para turmas de capacitação. Dali, são oito encontros da turma. Ao fim desse processo, a família é habilitada para acolher crianças e adolescentes.

 

Quem são as crianças e adolescentes acolhidas no serviço?

 

São crianças e adolescentes encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude. Elas foram afastadas da família de origem por medida judicial, após terem sofrido violência e abuso. Por isso, precisaram ser retiradas de casa.

 

O que acontece com as crianças e adolescentes depois do acolhimento temporário?

 

A primeira opção é retorná-las para a família de origem. No entanto, para isso, a equipe da Secretaria de Assistência Social visitará antes essa família, verá o que aconteceu, para avaliar a situação e apurar se esse retorno é uma opção viável e segura para aquela criança ou adolescente.

 

Caso essa opção não seja adequada, há a segunda opção: a criança ou adolescente ser encaminhada para a família extensa (avós, tios etc.).

 

Já a terceira e última opção é colocar essa criança ou adolescente para adoção.

 

Como está hoje o serviço Família Acolhedora na cidade?

 

Hoje, são seis famílias habilitadas no serviço, sendo duas já em processo para acolhimento. Desde 2016, foram três acolhimentos na cidade.

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