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A Secretaria da Defesa Civil recebeu as equipes da Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) para análise de áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro e março em Petrópolis. O objetivo foi entender os perfis dos deslizamentos registrados, com foco no aprimoramento de métodos e tecnologias para o monitoramento da cidade. O Morro da Oficina foi uma das principais áreas de estudo, onde atuaram sete técnicos – 1 geofísico, 2 geólogos, 2 geógrafos, 1 físico e 1 engenheira cartógrafa – incluindo equipes operacionais de emissão de alertas de emergência.

 

“Passamos por graves ocorrências e precisamos estar em constante aprimoramento de tecnologias que nos ajudem atuar de forma preventiva e minimizar os impactos dos desastres que as fortes chuvas causam na nossa cidade. Esse trabalho é de grande relevância para o município”, pontuou o prefeito Rubens Bomtempo.

 

Ao todo, de acordo com os registros da Defesa Civil, a cidade contabiliza mais de 7,8 mil ocorrências de escorregamentos de massa e bloco. Esses registros afetaram de forma generalizada, 277 áreas com demarcação de polígonos de risco, afetando em alguns pontos, de forma definitiva áreas habitadas no município. A partir do levantamento de dados, os técnicos do CEMADEN avaliam o modelo geológico da cidade para entender as causas que justifiquem a gravidade e volume das ocorrências.

 

“Esse é um estudo de suma importância para que possamos aprimorar os mecanismos de monitoramento para a cidade e assim, contar com mais suporte para as ações de prevenção aos desastres”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

 

Com o levantamento geofísico, as equipes do CEMADEN terão condições de investigar os perfis do subsolo de áreas onde houve deslizamentos de grande porte, como no Alto da Serra. “É como se fizéssemos um raio-x em profundidade para a analisar o contraste do solo. Verificamos que a cidade tem áreas de massa (solo) mais superficial, sobreposta a rocha maciça, propícia a escorregamentos e áreas de maior profundidade, como no Morro da Oficina”, explica o pesquisador geólogo do CEMADEN, Marcio de Andrade, destacando que o trabalho conta com o apoio da FINEP.

 

De acordo com o técnico, em dois dias de trabalho, foi possível avaliar áreas onde houve movimento de massa mais superficial e outras de maior complexidade. No Morro da Oficina foram registrados pontos com movimento de massa em grandes proporções, chegando a atingir seis metros de profundidade. “Vamos interpretar os dados coletados para entender os desafios para fazer o monitoramento em lugares como esse e aprimorar nosso sistema de alerta”, acrescentou o geólogo do CEMADEN, que segue com a equipes em análise pela Região Serrana. Os técnicos, que se baseiam em São José do Campos, em São Paulo, também fazem o mesmo trabalho em Teresópolis.


 

Órgão mantém pluviômetros e estações geotécnicas para a alertas na cidade

 

Em Petrópolis, o trabalho das equipes do CEMADEN visa fortalecer a estrutura de monitoramento já existente. Atualmente a cidade conta com 31 pluviômetros instalados e monitorados pelo órgão, em todos os distritos – outros 19 pluviômetros são geridos pelo INEA.

 

O CEMADEN conta ainda com outras cinco Estações Geotécnicas instaladas nas localidades do Chácara Flora, Bingen, Quitandinha, São Sebastião e Dr. Thouzet fazem o monitoramento do impacto da infiltração da chuva no solo. Os equipamentos contribuem para o planejamento de ações de prevenção e resposta em caso de emergência, por conta de ocorrências causadas pelas fortes chuvas. 

 

“Tendo em vista as recentes ocorrências se faz cada vez mais necessária a atualização de dados e novos estudos para o estabelecimento de novas metodologias de monitoramento, principalmente nas áreas afetadas com eventos de grandes proporções com os que tivemos. Nossas equipes estão à disposição para esse trabalho em conjunto para avançar na estrutura de monitoramento do município”, destacou a geógrafa da Defesa Civil, Eduarda Conde.



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