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PETRÓPOLIS.  A Casa Stefan Zweig exibe neste sábado, dia 11/02, às 15h, com entrada franca, o primeiro episódio da série “CANTO DOS EXILADOS” sobre os refugiados que vieram para o Brasil de 1933 a 1945 e suas contribuições para a ciência e as artes. O evento é seguido de debate com o diretor da série, Leonardo Dourado e o público.

 

O evento é uma homenagem ao jornalista Alberto Dines, fundador da CSZ e apresentador da série Canto dos Exilados, (1934-2018). E homenageia também o maestro Edino Krieger, falecido em dezembro de 2022 aos 94 anos, um dos entrevistados. O primeiro episódio, ‘Os Músicos’, a ser reprisado na CSZ, traz o perfil do maestro húngaro judeu que estava no Brasil quando estourou a Segunda Guerra e ficou 10 anos por aqui. A pianista polonesa Felicja Blumental tornou-se uma embaixadora da música brasileira no exterior. E o dodecafonista alemão Hans-Joachim Koellreutter influenciou de compositores clássicos a Tom Jobim.

 

Outros episódios da série ‘Cantos dos Exilados’ serão exibidos ao longo do ano no Cineclube CSZ. No segundo sábado de marco (11/03), também às 15h, exibiremos o filme “A MÃE” estrelado pela atriz Marcela Cartaxo e o evento terá a presença do diretor do filme, Cristiano Burlan para um debate com o público e tem o apoio do Sesc e da Petrópolis Film Commission.

 

Além do cineclube, que pretende promover o debate com a comunidade sobre temas como  tolerância, paz e a democracia, enaltecendo a memória de Stefan Zweig, haverá concertos, lançamentos de livros e palestras com artistas e acadêmicos, além da exposição “Stefan Zweig e Alberto Dines: biografias”, a ser inaugurada em maio.

 

 

Sobre a Série “Canto dos Exilados”

Em tempos de crise e xenofobia crescente, quando imagens de refugiados na Europa tocam nossos corações, é hora de lembrar a onda de perseguidos do nazismo que, entre 1933 e 1945, encontraram uma nova pátria no Brasil e aqui deixaram seus traços em todos os campos do conhecimento, das artes, das ciências.

 

Um maestro judeu húngaro, Eugen Szenkar, arregimentou em seis semanas uma centena de músicos e fundou em 1940 a Orquestra Sinfônica Brasileira. O advogado Herbert Caro, de Berlim, trouxe aos leitores brasileiros a obra de Thomas Mann. O romeno Emeric Marcier pintou na pequena capela de Mauá, periferia de São Paulo, a "Sistina brasileira". Ousado, o russo Oskar Ornstein trouxe ao Golden Room do Copacabana Palace não apenas estrelas como Marlene Dietrich ou Nat King Cole: conseguiu a proeza de trazer Frank Sinatra para o Maracanã.

 

Por ironia da História, vários judeus perseguidos viraram aqui embaixadores da língua e da cultura alemãs, fundando livrarias que se tornaram pontos de encontro da intelectualidade. A Livraria Kosmos já não existe mais, mas a Livraria Cultura é hoje uma rede de 19 filiais - fundada pela refugiada Eva Herz.

 

Há o caso do rapaz judeu alemão de 16 anos que se encantou com as pedras brasileiras, às quais ninguém dava muito valor. Mas Hans Stern, obcecado pela sua ideia, foi em frente e fundou a principal empresa de design de joias da América do Sul. Ou o violoncelista húngaro que, mal chegado ao Rio de Janeiro, descobriu uma lacuna no mercado: não havia uma única loja de partituras. A loja de Arany foi durante décadas um "point" dos músicos clássicos e da bossa nova. Temos a saga da alemã franzina que, decidida, reformou o Theatro São Pedro em Porto Alegre e dotou a capital gaúcha de uma agenda cultural própria. Dona Eva Sopher foi laureada aos 91 anos na Alemanha com o maior prêmio da área da Cultura pouco antes de morrer.

 

Além de Marcier, vários dos exilados no Brasil se destacaram nas artes plásticas, como Fayga Ostrower, Agi Straus, o casal Vieira da Silva e Arpad Szenes. Assim como os fotógrafos Hans-Günther Flieg, Jean Manzon, estes artistas trouxeram um novo olhar e técnicas de vanguarda.


Quase todos se tornaram cidadãos brasileiros. Seguem marcando muitas gerações com seus feitos. Para contar a história e guardar a memória de 30 destes refugiados, a Telenews, em coprodução com o canal Arte 1 e a RioFilme, gravou ao longo de 2015 quase uma centena de depoimentos, entre eles seis refugiados sobreviventes.

 

 

 
Sobre a Casa Stefan Zweig

 

A CASA STEFAN ZWEIG é uma entidade cultural de direito privado, sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade de Petrópolis.

Seu principal objetivo é homenagear a memória de Stefan Zweig na casa que serviu de última morada para o escritor e sua mulher, através do acervo físico com objetos pessoais e relativos às suas obras e à sua época, com coleção de livros, fotos, documentos, vídeos, filmes, biblioteca.

 

O museu CASA STEFAN ZWEIG é também um Memorial do Exílio, destinado a divulgar as obras de outros artistas, intelectuais e cientistas que se refugiaram no Brasil durante no período 1933-1945 e que contribuíram para a cultura, as artes e a ciência do país.

Além de realizar atividades culturais como exposições, mostras, concursos, programações e produções teatrais, cinematográficas e de mídia; a CASA STEFAN ZWEIG  tem parcerias com entidades afins, oferecendo acesso on line a pesquisadores e ao público em geral.

Em 2023, com uma nova equipe de educadores e produtores culturais, a Casa Stefan Zweig busca o envolvimento da comunidade petropolitana, de estudantes de escolas públicas e privadas, de um público jovem. Enfim, a casa quer ser um local a ser visitado por diferentes públicos, locais e turistas e de todas as idades, como uma referência de centro cultural que promove a tolerância e defesa da democracia, por meio da memória de Stefan Zweig e das artes.


 
Serviço:

Cineclube CSZ – mostra “CANTO DOS EXILADOS” episódio 1 ‘Músicos’

com a presença de Leonardo Dourado

11/03/2023, sábado, 15h

Rua Gonçalves Dias, 34, Valparaiso (próximo às Duas Pontes)

Entrada Franca



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