*Clévia Sies


A Psicologia do Esporte é uma ciência que visa a melhora da qualidade de vida física e psicológica dos atletas, sejam eles de categoria de base, cyberatletas, paradesporto ou alto rendimento.


Com o intuito de otimizar seu rendimento, a psicologia do esporte deve estar presente em todas as etapas pré e pós-competitivas, bem como o profissional que acompanha o atleta necessita fazer parte do grupo técnico, atuando também com treinadores e técnicos em centros de treinamentos e nos locais competitivos.

 

O olhar é voltado para a dinâmica dos grupos e, muitas vezes, há necessidade de atuação pontual individualizada. O cuidado com o corpo relacional permite que o psicólogo compreenda e auxilie a visão do atleta quando o assunto está relacionado às suas emoções e estruturas psíquicas.

 

É inegável a importância do olhar atento aos aspectos psicológicos dos atletas. Muitos relatos denotam que o sofrimento psíquico é tão grave quanto uma lesão física, sendo a psicologia do esporte uma arma forte para evitar que danos emocionais relacionados ao desporto possam perdurar.

 

Vale ressaltar que a grande visibilidade recebida pela psicologia do esporte no período da pandemia fomentou que a mesma fosse ainda mais atuante dentro dos espaços competitivos, mas também abriu possibilidades de novas atuações. Muitos são os educadores físicos que se especializam na área para atuar de forma indescritivelmente mais eficaz com crianças dentro das escolas, centro recreativos e clubes, bem como na reabilitação, promoção de saúde e no alcance mais rápido dos objetivos de seus clientes dentro de academias de ginástica.

 

A prática de atividade física crescente e seus inúmeros benefícios somatopsíquicos trazem a psicologia do esporte para dentro das ciências do movimento humano, visando a pessoa e seus comportamentos dentro do contexto esportivo.

 

Discutir as questões relacionadas a esta área do conhecimento, bem como produzir conhecimentos na área são necessidades atuais, para ampliar o entendimento de que a Psicologia do Esporte não trabalha somente com o atleta, mas com o todo.

 

Episódios como o sofrido pelo Pedro, jogador do Flamengo, poderiam ser minimizados ou até mesmo evitados se houvesse investimento em um profissional da área. Em novembro, a UNIFASE receberá o IX Congresso da ABRAPESP, que traz em sua programação grandes nomes e práticas atualizadas com o intuito de engrandecer a importância e a atuação da Psicologia do Esporte no Brasil, dando maior visibilidade a área para que nossos atletas e praticantes de atividades físicas, em pleno século XXI, não sejam mais acometidos pelo descaso.

 

(*)Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Psicologia do Esporte da UNIFASE

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