40 obras que propõem uma nova leitura da história do Brasil /Foto: Clara Miloski  


PETRÓPOLIS. A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

 

A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema.  A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador da história atlântica: escravidão e emancipação nas Américas, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral, formatadas como seminários, na Biblioteca.

 

O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que são feitas na Sala de Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão programadas seis oficinas, e a primeira delas, o Ateliê de Artista, com Cipriano, será feito também no dia 29 de julho.

 

Os curadores-gerais da exposição “Um oceano para lavar as mãos” destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

 


Visitação 

O Centro Cultural Sesc Quitandinha, além de oferecer a visita mediada à exposição “Um oceano para lavar as mãos”, também apresenta uma programação plural, democrática e inovadora ao longo do ano, com shows, espetáculos e passeios culturais, tecnológicos, literários, entre outras ações.  


A visitação ao Centro Cultural Sesc Quitandinha funciona de terça a domingo, das 9h30 às 17h, com entrada gratuita.

 

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