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Dr. João Medeiros / Foto: Divulgação


PETRÓPOLIS - A campanha conhecida como Outubro Rosa visa compartilhar informações e alertar mulheres sobre os perigos do câncer de mama, uma doença silenciosa e que é o segundo tipo de tumor mais comum entre mulheres no Brasil. De acordo com uma projeção feita pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2023, foram estimados 73.610 casos novos em relação ao ano anterior. Este número representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos a cada 100 mil pessoas.


“O câncer de mama não tem sintomas em sua fase inicial ou intermediária. Por isso, é importante o autoexame e fazer sua consulta ginecológica anual para ser examinada. Já quando está em fase avançada pode-se perceber um nódulo, doloroso ou não”, esclareceu a ginecologista do Hospital Santa Teresa, Dra. Diane Leite. 


A médica lembra que o autoexame não faz a prevenção da doença e sim ajuda no diagnóstico em fase inicial, tornando as chances de tratamento e cura maiores. Alguns hábitos que podem auxiliar nessa prevenção é a melhora na qualidade da alimentação, não fumar, não fazer tratamentos hormonais sem orientação médica e realizar atividades físicas diariamente.


“Alguns fatores que podem aumentar o risco de câncer de mama são a pré-disposição genética, idade e a história reprodutiva. Além disso, rotinas comportamentais como fumo, alimentação, uso de hormônios, exposição à radiação ionizante, obesidade e inatividade física também podem ser perigosos”, completou a ginecologista.


Hoje, as técnicas estão mais avançadas e integradas e, com isso, existem diversas possibilidades de tratamento para redução ou eliminação do câncer de mama. O médico responsável define o método mais adequado de acordo com o estágio do paciente.  Um dos métodos são as cirurgias para retirada do nódulo que podem ser conservadoras ou invasivas, dependendo do grau da doença no organismo da paciente. As cirurgias invasivas são conhecidas como mastectomia onde toda a mama é retirada.


Grande parte das mulheres que passam por mastectomia têm indicação de realizar a cirurgia para reconstrução mamária. Esta funciona como uma plástica reparadora que possui o objetivo de restabelecer a estética corporal e melhorar a autoestima da paciente. Além disso, também restaura o volume perdido e assegura simetria com a mama contralateral.


No Hospital Santa Teresa, a reconstrução de mama é realizada frequentemente pela equipe da mastologia e cirurgiões plásticos. Um desses cirurgiões é o Dr. João Medeiros que já realizou inúmeras cirurgias deste tipo e trouxe de volta o sorriso de muitas mulheres.


“A primeira reconstrução de mama realizada por nós no Hospital Santa Teresa foi em 1986. Reconstrução tardia com o retalho do músculo reto abdominal. Posteriormente realizávamos reconstrução pelo SUS, convênios e particular. Em 2015, realizamos um mutirão no Hospital Santa Teresa quando fizemos 10 cirurgias em único dia”, contou o médico.


O especialista explica que toda paciente submetida à cirurgia de retirada de tumor da mama (segmentectomia, tumorectomia, quadrantectomia, adenomastectomia e mastectomia), pode realizar uma reconstrução mamária. “A reconstrução da mama pode ser imediata ou iniciar as etapas de reconstrução após o procedimento da Mastologia, ou tardia após o tratamento e liberação pelo mastologista e oncologista. O procedimento pode ser realizado com o tecido da própria mama, com os tecidos vizinhos como a pele e gordura do abdome, a pele do dorso, enxerto de gordura, expansores de tecidos e implantes”, explica o cirurgião plástico.


Por fim, sobre os riscos da cirurgia, Dr. João afirma que são semelhantes a qualquer outra cirurgia do mesmo porte. Desta forma, a paciente deve estar clinicamente preparada para o tipo de reconstrução que será realizada. Geralmente, no pós-cirúrgico, a paciente recebe acompanhamento do mastologista, cirurgião plástico, oncologista, fisioterapeuta e outros profissionais, caso seja necessário.


Caso alguma alteração seja observada nas mamas, procure imediatamente um mastologista ou ginecologista. E, mesmo que nenhuma mudança seja detectada com o autoexame, é importante realizar um acompanhamento de rotina com um especialista na área.

 

 

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