PETRÓPOLIS - A brincadeira de amigo-secreto, uma tradição no Natal, divide opiniões. Há os fãs e aqueles que não se animam com a troca de presentes neste formato. Mas, o hábito, principalmente entre amigos de trabalho, se expandiu também para a Páscoa. O "amigo-chocolate", uma variação do amigo-secreto, exclusivamente dedicada a chocolates e ovos de Páscoa, foi apurada em pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em colaboração com a Offerwise Pesquisas e aponta que 37% dos entrevistados têm a intenção de participar dessa brincadeira este ano. Para a CDL Petrópolis, é mais uma oportunidade para incrementar as vendas que devem ficar até 3,5% maiores do que no ano passado.

 

As motivações dos consumidores para participar do amigo-chocolate variam, sendo que 17% mencionam o apreço por eventos sociais e 16% consideram essa uma alternativa econômica para presentear. Por outro lado, 57% optam por não participar, citando a falta de costume entre familiares, amigos e colegas de trabalho (28%) e a simples falta de interesse (21%). Quanto ao cenário onde a brincadeira será realizada, 67% planejam celebrar o amigo secreto de Páscoa com familiares, 41% com amigos e 34% com colegas de trabalho.

 

Cláudio Mohammad destaca que essa dinâmica pode representar vendas mais acentuadas. “Se de um lado há uma ‘economia’, no presentear entre familiares, por outro, o amigo-chocolate, nas empresas e ambientes de amizade acabou surgindo e significa mais gastos na época. Essas brincadeiras também incluem artigos como acessórios, de papelaria e presentes e, acabam movimentando o setor”, afirma o presidente da CDL Petrópolis.

 

Os entrevistados na pesquisa têm a expectativa de participar, em média, de 4 brincadeiras, com um investimento médio de R$ 60 em cada presente. ”A brincadeira pode influenciar positivamente setores como de gastronomia, porque a diversão entre amigos com a troca de presentes pode ser marcada em ambientes fora do trabalho. Por isso, consideramos positiva as novidades que vão surgindo em épocas festivas não apenas para o comércio varejista, mas para outros segmentos”, completa Cláudio Mohammad.

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