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Foto ilustrativa / Reprodução Web |
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, inflamatória e crônica que afeta o sistema nervoso central - cérebro e medula espinhal. É caracterizada pela destruição da bainha de mielina, uma camada que reveste as fibras nervosas, sendo essencial para a transmissão dos impulsos nervosos. Mulheres entre 20 e 40 anos são as mais afetadas.
Segundo o Dr. Gustavo
Fernandes, neurologista do Hospital Santa Teresa, para cada homem, existem
cerca de 2 a 3 mulheres acometidas pela condição: “a predominância entre o
gênero feminino acontece devido a diferenças genéticas, hormonais, incluindo as
ações do hormônio sobre a resposta imunológica, além da distribuição de gordura
entre os sexos”.
Os primeiros sintomas não são
específicos da doença, envolvendo fadiga, problemas sensoriais, como dormência
ou formigamento, dificuldades de coordenação e equilíbrio, alterações visuais e
problemas na bexiga ou no intestino. “É importante destacar que os sintomas da
esclerose múltipla variam de pessoa para pessoa. Além disso, surgem de forma
intermitente, ou seja, aparecem em determinados momentos, desaparecem e podem
retornar depois. Também há uma tendência de piora em situações de calor, febre
ou estresse emocional”, explica o Dr. Gustavo. Nesse quadro, os pacientes
passam por diversos desafios, enfrentando impactos na mobilidade, problemas
visuais e de comunicação, capacidade de realizar tarefas cotidianas, saúde
mental, vida profissional e relações sociais e afetivas.
O tratamento visa conter a
progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo a frequência e a
gravidade das crises. Para isso, abrange tanto práticas medicamentosas quanto
não medicamentosas:
- Corticosteróides: medicamento utilizado para tratar os surtos (também chamados de crises), que são episódios temporários e intensos de piora dos sintomas;
- Imunomoduladores ou Imunossupressores: medicação usada para prevenir exacerbações e retardar a deficiência;
- Fisioterapia e outras terapias de suporte: são praticadas para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, a adoção de
hábitos saudáveis e de um estilo de vida ativo, por meio de exercícios
regulares, dieta equilibrada, manejo do estresse e apoio social e psicológico,
é fundamental para melhorar o bem-estar dos pacientes. Para o neurologista, ter
uma rede de apoio é essencial durante esse processo: “é muito importante que a
pessoa com esclerose múltipla procure ajuda médica e psicológica para lidar com
os sintomas invisíveis da doença, buscando estratégias de gerenciamento e
suporte. Se comunicar com a família, amigos e colegas de trabalho também é
crucial para a sua rede de apoio compreender a sua situação e oferecer apoio
emocional.”
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