Na tarde da última
terça-feira, 29 de abril, o campus da UNIFASE/FMP foi palco de um evento que
reforçou o papel essencial da universidade na transformação social. A VIII
Assembleia de Extensão Universitária reuniu cerca de 160 pessoas, entre
estudantes de diversos cursos, professores e convidados, para refletir sobre o
impacto e a importância dos projetos de extensão.
Com o tema "A extensão
como um caminho de enfrentamento às desigualdades", o encontro promoveu
uma intensa troca de experiências, saberes e vivências. A abertura foi
conduzida pelo professor Ricardo Tammela, coordenador de Extensão da
UNIFASE/FMP, que ressaltou o papel da extensão universitária como ponte entre o
conhecimento acadêmico e as necessidades reais da sociedade.
“Após a curricularização da
extensão nós temos observado um processo de reflexão do papel histórico na
formação e no diálogo com os diferentes saberes. A perspectiva de extensão que
a gente pesquisa e trabalha nos nossos cenários é de uma ação comprometida, que
se compromete com quem está nessa luta cotidiana por uma sociedade igual e mais
justa, no enfrentamento às desigualdades”, destacou Tammela.
A Assembleia contou ainda com
uma roda de conversa inspiradora, tendo como palestrante convidado Yuri Silva
Ferreira de Souza, graduando em medicina pela UFF (Universidade Federal
Fluminense) e coordenador da AFIDE/UFF (Assessoria de Ações Afirmativas,
Diversidade e Equidade). Yuri trouxe à tona questões fundamentais sobre
equidade, inclusão e o potencial da extensão como ferramenta de mudança.
“A extensão faz parte da minha
formação desde o primeiro semestre. Já realizei e apoiei vários projetos, então
estar aqui discutindo dentro de uma assembleia com pessoas que já tiveram
diferentes vivências, não somente no contexto urbano, mas também no contexto
rural e poder dialogar é muito importante. Eu entendo que a extensão é um dos
caminhos que pessoas que antes não ocupavam o meio acadêmico agora podem ocupar
e a extensão é uma porta de desenvolvimento desse lugar”, disse Yuri.
Entre os convidados esteve
presente a professora Marcília Barcelos, representando o CEFET-Petrópolis. O
presidente da Fundação Octacílio Gualberto, Jorge Dau, e o diretor da Faculdade
de Medicina de Petrópolis, dr. Álvaro Veiga destacaram em suas falas o
compromisso coletivo com a formação cidadã e o envolvimento comunitário.
“Eu vejo a extensão como sinal
visível da responsabilidade que nós como instituição de ensino temos de
influenciar essa sociedade. A nossa formação é profissional, mas além disso ela
traz a responsabilidade de transformar esse nosso entorno”, falou Dau.
“As atividades extensionistas
que nós propomos trazem a comunidade para perto da academia e abre os muros da
universidade”, salientou Álvaro complementando que foi a primeira vez que ele
participou de uma assembleia de extensão.
A Assembleia reforçou a ideia
de que a extensão universitária vai muito além da aplicação do conhecimento
técnico. É, na verdade, um processo de aprendizagem mútuo, onde estudantes e
comunidades aprendem juntos e crescem em conjunto. Para os estudantes
extensionistas, participar de projetos que atuam diretamente na realidade
social amplia a visão de mundo e fortalece valores como empatia, respeito e
compromisso social.
“O nosso foco nesse evento foi
trabalhar como que nós enquanto extensionistas tanto professores e alunos,
conseguimos lidar com essas desigualdades nos territórios onde nós nos
envolvemos em pesquisas extensionistas. Faz parte do fazer da extensão da
UNIFASE não chegar nesse território dizendo o que vai fazer ou que ali é um
campo de treinamento, mas sim um local de respeito e de acolhimento, onde nós
estamos nos envolvendo e aprendendo com essas pessoas”, relatou Gleicielly
Braga, professora de extensão da UNIFASE/FMP.
Esse tipo de iniciativa mostra
que o saber não está restrito às salas de aula, mas se constrói diariamente nos
territórios, nas escutas, nos vínculos e nas ações concretas de transformação.
Projetos de extensão universitária tornam-se, assim, verdadeiros agentes de
mudança, não só para quem é beneficiado diretamente, mas também para quem se
envolve, aprende e se transforma durante o processo.
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