As temperaturas baixas,
registradas neste inverno, em Petrópolis, vêm acompanhadas também do aumento na
sensação de fome. Percebido no dia a dia por muitas pessoas, esse efeito é
respaldado por evidências científicas, tendo em vista a ativação de mecanismos
fisiológicos e comportamentais. Para enfrentar a vontade excessiva de comer
neste período, médica aponta os cuidados essenciais na alimentação e detalha os
impactos na saúde.
A busca inconsciente por
alimento, de forma mais intensa durante os meses mais frios, é proveniente de
alterações nos níveis de serotonina e dopamina, segundo a Dra. Nathália
Ventura, médica especializada em nutrologia, metabologia e endocrinologia. De
acordo com a especialista, estes neurotransmissores são associados ao prazer e
também ao humor.
“Com um menor tempo de
exposição do corpo ao sol, essas substâncias no organismo tendem a cair. Com
isso, o organismo começa a buscar compensações instantâneas, por meio da
alimentação. No frio, podemos ainda destacar o aumento da liberação de grelina,
que é o hormônio responsável pela estimulação da fome, reduzindo,
consequentemente, a redução da ação da leptina, que sinaliza a saciedade”,
explicou.
Os alimentos normalmente
procurados nesta época são os mais quentes e ricos em carboidratos e gorduras.
Entre os principais, estão os doces, massas e queijos. Para a médica, é
importante entender se o consumo está sendo realizado em resposta à real fome.
Caso contrário, se for em resposta à emoção, é necessário um comportamento
controlado, para não resultar em perigosos desequilíbrios na alimentação.
“A busca compulsiva por
alimentos específicos é um dos momentos de alerta. Comer rápido, sem a fome
fisiológica, favorece o ganho de peso e, consequentemente, altera todo o
metabolismo, trazendo riscos como o acúmulo de gordura visceral, aumento de resistência
à insulina, piora no perfil lipídico e quadros de inflamação crônica”, detalhou
a médica.
Para escapar de
desequilíbrios, a Dra. Nathália Ventura destaca estratégias práticas
recomendáveis, como o consumo de sopas nutritivas com legumes e proteínas
magras, chás naturais quentes e alimentos ricos em fibras, como chia, linhaça e
aveia. Em contrapartida, a médica orienta evitar ingredientes como creme de
leite ou bacon e manter horários regulares para as refeições.
“É importante entender que o nosso organismo gasta um pouco mais de energia para manter a temperatura do corpo no frio. Porém, esse gasto é pequeno e não justifica o excesso de alimentos altamente calóricos. Aproveitando este período, também é aconselhável dormir bem, pois o sono influencia diretamente os hormônios da fome e da saciedade”, concluiu.
Siga-nos nas mídias sociais para conferir outros conteúdos exclusivos! Estamos no Instagram, no Facebook, X e no YouTube!
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.