Com mínimas que não passam dos
11°C nos próximos dias e previsão de temperatura ainda mais baixa nas
madrugadas, Petrópolis está vivendo um dos invernos mais rigorosos dos últimos
anos — e quem agradece é o comércio. A temporada, que chegou mais cedo este ano,
já impulsiona as vendas de roupas e calçados típicos da estação, criando um
cenário animador para o setor varejista, de acordo com a Câmara de Dirigentes
Lojistas de Petrópolis.
Nas vitrines do Centro e dos
distritos, o que se vê é um desfile de peças pesadas: casacos de lã, couro,
gorros, luvas e cachecóis ganham espaço nas araras. Nas sapatarias, o destaque
absoluto são as botas — em todos os estilos, tamanhos e cores. A combinação
entre frio persistente, variedade de peças e reposição de estoques tem mantido
o fluxo de consumidores em alta.
“O inverno veio forte e não
deu trégua. E isso se reflete diretamente nas vendas. As pessoas estão indo às
ruas em busca de roupas quentes, e o comércio está preparado, com coleções
novas e também com o que sobrou da última temporada. Algum estoque parado
também está indo embora”, avalia Cláudio Mohammad, presidente da CDL
Petrópolis.
De acordo com a Associação
Brasileira da Indústria do Vestuário (Abit), a expectativa é que o número de
peças vendidas neste inverno cresça 5% em relação ao ano passado, com aumento
de 10% no faturamento. A projeção nacional é de mais de 2,2 bilhões de itens
comercializados, superando R$ 109 bilhões em receita. Os dados reforçam a
percepção de que a estação, apesar de curta, é uma das mais importantes para o
setor.
“O inverno sempre foi
estratégico para o comércio de moda, mas quando o frio chega com antecedência e
se prolonga, como tem acontecido este ano, o impacto é ainda mais positivo.
Petrópolis tem essa vocação natural para a moda outono-inverno, e os lojistas
sabem aproveitar a oportunidade”, afirma Cláudio que aponta que a projeção da
Abit pode ser conquistada em Petrópolis.
No segmento calçadista, a
previsão da Abicalçados, que representa a indústria do setor no país, é manter
os números do ano passado: cerca de 280 milhões de pares vendidos no inverno —
o que representa quase 30% das vendas anuais.
Em Petrópolis, esse
comportamento também se reflete no entusiasmo dos lojistas. A renovação das
vitrines tem sido constante, com novidades chegando semanalmente para atender à
demanda. Itens em tricô, peças em lã batida, couro ecológico e botas de cano
alto voltaram ao topo da lista de desejos dos consumidores.
O bom momento do comércio de
moda em Petrópolis também é impulsionado pelo fluxo de visitantes que a cidade
tem recebido durante o inverno. Festivais como a Bauernfest, o MotoFest e o
Festival Sesc de Inverno atraem turistas de diferentes regiões, que além de
aproveitarem a programação cultural, aproveitam para comprar roupas e calçados
típicos da estação. “O turismo de eventos movimenta não só a rede hoteleira e
gastronômica, mas também o varejo. Quem vem a Petrópolis no frio quer levar um
pouco desse clima com estilo — e isso se traduz em vendas”, destaca Cláudio
Mohammad.
Para a CDL Petrópolis, o
momento é a hora de aproveitar oferecendo diferencial, qualidade e bom
atendimento. “A cidade respira moda no inverno. Temos a tradição, o clima e a
criatividade dos nossos empreendedores. É um momento de retomada e otimismo
para o setor, e a CDL segue atenta, incentivando ações que impulsionem ainda
mais as vendas”, completa Cláudio Mohammad.
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