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Professora Dra. Maria Regina Bortolini |
O Centro Universitário Arthur
Sá Earp Neto e Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) estiveram
presentes em um dos mais importantes eventos acadêmicos do mundo na área da
Psicologia Social. A professora Dra. Maria Regina Bortolini participou da 17ª
Conferência Internacional sobre Representações Sociais (CIRS), realizada de 7 a
12 de julho, na Université de Bretagne Occidentale, em Brest, na França.
O tema geral do evento foi “O
futuro nas representações: capturando nosso mundo”. A docente apresentou o
trabalho “Tristes, Loucas e Más: refletindo sobre a construção das
subjetividades femininas”. De acordo com a professora Maria Regina, esse trabalho
foi resultado de uma rica experiência em diversas dimensões, articulando
ensino, pesquisa e extensão.
“O projeto “Tristes, Loucas e
Más” foi desenvolvido em 2023/2024, com o estudo da obra homônima de Lisa
Appignanesi. A cada capítulo lido, promovíamos uma roda de conversa e, a partir
dessas discussões, as estudantes elaboravam reflexões em forma de diários.
Havia total liberdade para os registros, que podiam ser feitos em qualquer
linguagem, seja artística ou acadêmica. Aos poucos, começaram a surgir produções
incríveis, tanto do ponto de vista estético quanto da profundidade das
reflexões. Fomos construindo novas sensibilidades e sentidos para o feminino.
Foi então que percebemos que essa experiência e trabalhos mereciam transbordar
para além do grupo, e assim nasceu a ideia de transformar toda essa experiência
em uma exposição", lembrou Regina Bortolini, que destacou que as ações
fazem parte do Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde (LERS),
em conjunto com o Coletivo Feminista (COFEM) da instituição.
Após todo esse processo, foi
desenvolvido um trabalho em parceria com a egressa do curso de Psicologia da
UNIFASE, Ana Beatriz Gonçalves Mello, que foi submetido e aceito na conferência
internacional.
“Das inquietações, belas
produções e do oceano de significações, nasceu a exposição. Com desejo
crescente de compartilhar o processo vivido, foram construídos espaços
imersivos, para que além de apresentar os conceitos e temas trabalhados, fosse
possível transmitir os incômodos e as acolhidas, dois dos sentimentos centrais
vivenciados nessa trajetória. Hoje trabalhando com grupo de mulheres, carrego e
compartilho das inúmeras habilidades e saberes aprendidos e desenvolvidos ao
longo deste processo que segue em desdobramento até hoje, me proporcionando
inquietações e o desejo por mais. Ver que o trabalho foi tão bem aceito também
em um congresso internacional, na França e que em outro território ele
conseguiu manter sua essência e gerar debates, reflexões e principalmente
compartilhamento de experiências é incrível e gratificante demais”, relata Ana.
A conferência, promovida este
ano, pelo LP3C – Laboratoire de Psychologie: Cognition, Comportement,
Communication – é reconhecida internacionalmente por reunir especialistas,
pesquisadores e instituições comprometidas com o avanço das teorias e práticas
em torno das representações sociais. Desde 1992, o evento alterna edições na
Europa e em outros continentes, sendo considerado referência para a comunidade
científica global. Ainda de acordo com a professora Regina Bortolini, a relação
entre arte, linguagem, representações sociais e subjetividades é pouco
explorada. Por isso, o trabalho apresentado trouxe inovação, gerando debates,
reconhecimento e elogios.
“Eu fiquei muito feliz com a receptividade, com o debate rico que o trabalho promoveu, com os elogios recebidos pela riqueza do trabalho. Isso gerou alguns contatos com pesquisadores de outras universidades no México, na Argentina e em Portugal e a possibilidade de convite para fazer um artigo a ser publicado em uma revista francesa. Então acho que a repercussão foi muito boa, muito positiva. Eu saí do Congresso muito feliz de ver que, apesar de eu estar numa universidade privada no interior do estado do Rio de Janeiro, o nosso trabalho se destacou inovando práticas e metodologias de pesquisa e ensino no campo das representações sociais”, completou ela.
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