Após os transtornos causados
pelas fortes chuvas do último verão e a seis meses da chegada da estação das
chuvas, o movimento Unidos por Itaipava (Unita) voltou a cobrar das autoridades
públicas uma resposta imediata para os recorrentes alagamentos que atingem a
Estrada União e Indústria, principal via do distrito. Em comunicados enviados,
a entidade cobra que agentes públicos apresentem um plano emergencial de
contenção e drenagem antes do início do próximo período chuvoso.
“São seis meses antes do
início da estação das chuvas e é o momento crucial para medidas que possam
evitar prejuízos e riscos. Queremos planejamento e ação preventiva”, afirma
Alexandre Plantz, presidente da Unita. Durante os meses de dezembro e janeiro,
Itaipava sofreu com temporais, que resultaram em alagamentos severos em
diversos pontos do distrito como as retas próximo ao Bramil e ao Parque de
Exposições. Bolsões d’água também foram formados em vários outros trechos
mostrando a falta de drenagem correta e movimentação de terra em ruas
adjacentes. O resultado foram engarrafamentos, pedestres e motoristas em risco,
ônibus sem poder circular e prejuízo aos negócios. A mesma situação foi
verificada em abril, quando um temporal, mesmo fora da estação das chuvas,
resultou em alagamentos.
Para Alexandre Plantz, os
danos causados na temporada passada evidenciam a fragilidade da infraestrutura
da principal via do distrito e a falta de fiscalização “O verão passado foi um
alerta claro: a drenagem da União e Indústria está no limite. Se nada for feito
agora, o próximo verão será com o mesmo transtorno”, alerta. Ele reforça a
necessidade de um plano emergencial com cronograma, orçamento definido e total
transparência na execução.
O secretário da Unita,
Fabrício Santos, também criticou a falta de articulação entre os entes públicos
e defendeu o uso dos estudos técnicos para balizar soluções. “Não se trata de
um apelo político, mas de uma questão humanitária. Estamos falando da segurança
de moradores, comerciantes, trabalhadores e visitantes”, destacou.
Entre as medidas sugeridas pela
entidade à prefeitura e governos do estado e União, estão a execução imediata
de obras de drenagem nos trechos mais críticos da União e Indústria, a limpeza
preventiva de bueiros e canais, a instalação de sensores de monitoramento de
nível de água e a criação de um comitê de crise com participação da sociedade
civil, especialistas e representantes do poder público.
“Itaipava é um dos principais
destinos turísticos da Serra e um dos motores econômicos de Petrópolis. A União
e Indústria não é apenas uma via de passagem — é o eixo que conecta hotéis,
restaurantes, polos comerciais e áreas residenciais. Quando ela alaga, a cidade
para. O que estamos pedindo não é um favor, é responsabilidade com uma região
estratégica para o turismo, para o comércio e para a vida das pessoas”, pontua
Alexandre Plantz.
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