O Dia dos Pais é o primeiro
grande teste do comércio varejista no segundo semestre e, apesar de não ter o
mesmo peso em vendas que o Natal ou o Dia das Mães, ainda representa uma
oportunidade estratégica para impulsionar o consumo. A data, marcada pelo apelo
afetivo, abre espaço para presentes que vão muito além dos tradicionais eletrônicos
e ganham novas nuances ao refletir os diferentes perfis de pais — do esportivo
ao fashion, do clássico ao gourmet.
“As datas comemorativas são,
tradicionalmente, termômetros importantes para o comércio. E o Dia dos Pais,
apesar de não liderar o ranking de faturamento, tem um apelo emocional forte,
que se traduz em consumo. As pessoas não deixam de comprar — mas comparam mais,
pesquisam, e avaliam o custo-benefício com mais atenção”, avalia Cláudio
Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL).
As vitrines das lojas físicas
já mostram essa diversidade, com sugestões que incluem camisetas de times,
tênis esportivos, utensílios para churrasco, kits de cervejas artesanais,
perfumes, roupas, acessórios, e claro, os sempre requisitados eletrônicos —
como smartphones, fones de ouvido, smartwatches e caixas de som portáteis. Tudo
com um reforço estratégico: a presença no ambiente digital.
Segundo estimativa da
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce deve movimentar
R$ 9,5 bilhões no país durante o Dia dos Pais, com um ticket médio de R$ 244. A
busca por praticidade, rapidez e boas ofertas faz com que o consumidor transite
com naturalidade entre o online e o presencial.
“O setor de eletrônicos
continua relevante, mas o consumidor hoje busca variedade e personalização. Em
Petrópolis, temos lojas bem estruturadas para atender diferentes perfis de
pais, tanto no ponto físico quanto no digital. A CDL tem incentivado os
lojistas a usarem as redes sociais como vitrine e a investirem em meios de
pagamento e entrega que facilitem a jornada de compra”, destaca Mohammad.
O presidente da CDL enfatiza
ainda a consolidação do comportamento híbrido, com consumidores que pesquisam
no Instagram, tiram dúvidas no WhatsApp, e finalizam a compra pelo marketplace
local — ou diretamente no balcão. “Muitos lojistas, inclusive pequenos, já
operam com catálogo digital, link de pagamento e entregas por aplicativos. Isso
mostra uma adaptação importante e uma abertura para o futuro do varejo”,
pontua.
Mesmo diante de um cenário
econômico desafiador, com alta do endividamento das famílias e perda de poder
de compra em algumas faixas de renda, a expectativa da entidade é de desempenho
estável, com possibilidade de leve alta nas vendas em relação ao ano passado. A
aposta está nas promoções bem planejadas, kits criativos e ações de marketing
que conversem com a realidade local.
“O que temos dito aos lojistas
é que essa é uma data para ser bem trabalhada. O afeto está presente, mas é
preciso facilitar o caminho do cliente. O pai de 2025 é mais digital, mais
conectado e também mais exigente. Saber se comunicar com quem compra e com quem
será presenteado é parte do sucesso”, conclui Mohammad.
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