Movimento Petrópolis 2030 acompanha “Plano de 100 Dias” e leva voz de 30 entidades ao MPF

 Nova gestão assume em outubro

O atraso na assinatura do contrato da nova concessão da BR-040 — agora previsto para 29 de setembro — adia para outubro a entrada em operação do Consórcio Nova Estrada Real no trecho entre Rio e Juiz de Fora. O Movimento Petrópolis 2030, que reúne 30 entidades e representa mais de 20 setores da economia local, esteve presente na reunião convocada pelo Ministério Público Federal (MPF) para assegurar que as prioridades da cidade estejam no centro das ações iniciais no chamado Plano dos 100 Dias, um cronograma proposto pelo MPF para garantir intervenções emergenciais.

O encontro, realizado nesta terça-feira (12), foi conduzido pelas procuradoras da República Luciana Gadelha e Vanessa Seguezzi e reuniu representantes das prefeituras de Petrópolis, Areal e Três Rios, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Nacional de Transportes Terrestres, da nova concessionária Nova Estrada Real e de entidades da sociedade civil, como NovAmonsanta e Fecomércio.

A presença do Petrópolis 2030 representou diretamente setores-chave como comércio, turismo, indústria, construção civil, serviços e logística, reforçando a importância estratégica da BR-040 para a economia regional e para a segurança de milhares de usuários diários. O Movimento fala em nome de setores da economia que mantém 100 mil pessoas ocupadas na cidade e que são afetados diretamente pelas deficiências no principal acesso a Petrópolis.

Subida da Serra e ponte do Aranha Céu entre as urgências
O Plano de 100 Dias, que será implementado assim que a nova concessionária assumir, prevê medidas emergenciais como recuperação de trechos críticos, manutenção do pavimento, contenção de encostas — com atenção especial à subida da Serra de Petrópolis — limpeza e roçada da faixa de domínio, drenagem e melhorias na sinalização. Também foram levantados problemas como alagamentos na altura da Reduc, em Duque de Caxias, e o alto índice de acidentes entre os quilômetros 50 e 70, na região de Araras.

Além das ações pontuais previstas no Plano de 100 dias, intervenções estruturais também foram elencadas pelos representantes da sociedade presentes na reunião  como antecipação da obra da nova ponte sobre o Aranha Céu -  originalmente prevista para o quinto ano da concessão -  diante da precariedade e dos riscos estruturais e a nova pista de subida da serra, abandonada desde 2016.

Cobrança por execução e transparência

Para Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis e coordenador do Movimento Petrópolis 2030, este é um momento crucial para garantir que a nova gestão da BR-040 comece com resultados concretos: “a BR-040 é um eixo vital para o desenvolvimento econômico de Petrópolis e de toda a região. O atraso na transição não pode ser desculpa para adiar soluções urgentes. Queremos ver as ações do Plano de 100 Dias acontecendo de forma rápida, eficiente e transparente, porque é disso que dependem o escoamento da produção, o turismo e a segurança de quem circula pela rodovia diariamente.”

Já Charles Rossi, assessor da CDL Petrópolis e gerente executivo do Movimento Petrópolis 2030, reforça que o acompanhamento da sociedade civil será permanente: “não estamos apenas acompanhando de longe. Vamos fiscalizar, cobrar e participar ativamente, levando as demandas de mais de 20 setores da economia para que o diálogo com a nova concessionária seja constante e produtivo. A BR-040 precisa deixar de ser