Com o verão se aproximando e a
expectativa de aumento na frequência de chuvas fortes a partir de dezembro, o
movimento Unidos por Itaipava (Unita) voltou a cobrar providências da Enel
Distribuição Rio para evitar apagões prolongados no distrito, como os
registrados em anos anteriores. A entidade alerta para a necessidade urgente de
um plano de contingência específico para Petrópolis, que contemple poda
preventiva de árvores, reforço de equipes de emergência e protocolos ágeis de
restabelecimento do fornecimento.
No verão de 2023, após um
temporal, bairros inteiros em Itaipava chegaram a ficar até dez dias sem luz.
Os apagões resultaram em prejuízos para moradores e empresários, interromperam
o fornecimento de água, afetaram o turismo e levaram o Procon Petrópolis a
aplicar multa milionária à concessionária.
A Unita cobra que a empresa
aja de forma preventiva, divulgando as ações planejadas para o verão de 2025 na
cidade em especial quantitativo de equipes e tempo de resposta em caso de
eventualidades. “A concessionária, que pretende continuar atuando,
precisa agir de forma diferente, clara e transparente com a sociedade e estar
pronta para atuar em situações críticas”, afirma Alexandre Plantz, presidente
da UNITA.
A falta de energia em verões
anteriores impactou o abastecimento de água, provocou cancelamentos de reservas
em pousadas e restaurantes, interrompeu atividades de lazer e afetou pequenos
empreendedores da região, como mercados, padarias, ateliês e feiras de produtos
locais. Itaipava é um importante polo econômico e turístico da Região Serrana,
e a continuidade no fornecimento de energia é condição básica para o pleno
funcionamento de sua economia.
O movimento também destaca que
a concessionária já anunciou um plano de investimentos de R$ 6,1 bilhões entre
2025 e 2027 em sua área de concessão — que inclui Petrópolis. No entanto, ainda
não foram detalhadas quais dessas ações serão implementadas efetivamente no
município, nem há calendário específico para as podas preventivas em Itaipava.
Em anos anteriores, a empresa estimou mais de 38 mil manejos de vegetação na
cidade ao longo do ano, mas até agora, em 2025, não houve nova previsão oficial
divulgada.
Além disso, embora a Enel
tenha sinalizado reforço na contratação de pessoal e modernização de
equipamentos, a concessão atual da distribuidora termina em dezembro de 2026. O
pedido de renovação antecipada, por mais 30 anos, ainda está sob análise da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e
Energia.
Para o secretário da Unita,
Fabrício Santos, a indefinição reforça a necessidade de planejamento imediato.
“A população e os comerciantes de Itaipava não podem esperar decisões futuras
para enfrentar os problemas deste verão. É preciso garantir segurança e
continuidade no fornecimento de energia agora.”
A UNITA defende que o plano de
contingência inclua também comunicação direta com a comunidade, equipes de
resposta dedicadas à região serrana e manutenção preventiva da rede. A entidade
afirma que seguirá cobrando a Enel até que um plano específico e transparente
seja apresentado para Itaipava e seus bairros vizinhos.
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