A Câmara Municipal de Petrópolis realizou, na última semana, Audiência Pública para discutir os serviços prestados pelo Hospital Clínico de Corrêas. A audiência, presidida pelo vereador Tiago Leite, debateu os principais desafios enfrentados pela saúde no município, com foco no endividamento do setor, na terceirização de serviços e nas denúncias de falta de transparência.


O debate contou com a participação dos vereadores Léo França, Julia Casamasso e Carlos Alberto, do advogado Saulo Furtado, além de representantes do HCC: os médicos Mauro Augusto de Braga e Adriana Priscila, o advogado Mario de Andrade Corrêa e a gestora do hospital Honey Santos. A presença do HCC na Câmara reforçou a importância do debate e trouxe diferentes perspectivas sobre os problemas enfrentados pelo hospital e pela rede de saúde municipal.


O caso mais polêmico envolveu o HCC, que vem realizando atendimentos sem contrato formalizado, gerando questionamentos sobre a legalidade dos pagamentos. Além disso, os presentes criticaram a ausência de representantes da Secretaria de Saúde, que não compareceram ao encontro.


Durante a audiência, o vereador Tiago Leite fez críticas à condução da gestão pública. “Não é possível admitir que um hospital preste atendimento sem contrato e sem informações claras no Portal da Transparência. Cada real investido precisa ser acompanhado pela população e pelo Legislativo, garantindo que o recurso chegue ao cidadão com qualidade e respeito ao direito à saúde”, afirmou.


Apesar das controvérsias, foram apresentados dados que reforçam a importância do HCC para a cidade. Em 2025, a instituição mantém 437 funcionários, o que representa sustento para centenas de famílias, e realiza cerca de 58 mil atendimentos por ano. O hospital dispõe de 45 leitos de CTI, 110 leitos de clínica médica, além de 20 médicos e inúmeros prestadores de serviços. Neste ano, inaugurou ainda o Núcleo de Atendimento às Famílias (NAF), oferecendo suporte integral por meio de uma equipe multidisciplinar.


Outros avanços também foram destacados, como o Programa de Educação Continuada, que contribui para maior segurança no atendimento, modernização tecnológica e humanização dos serviços. Dados do DATASUS mostraram ainda o desempenho do hospital em relação a óbitos e mortalidade hospitalar, e a Ouvidoria registrou melhorias, com queda no número de reclamações e aumento de elogios entre março e julho de 2025.


Ao final, diante das várias denúncias e reclamações, o vereador Tiago Leite reforçou que deverá intensificar as fiscalizações para uma saúde de qualidade no município. Ainda que a direção do hospital tenha apresentado melhorias em infraestrutura e gestão, para o vereador, é indispensável assegurar a responsabilidade fiscal, a legalidade nos contratos e a transparência nos gastos públicos.

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