O fechamento do restaurante da Bohemia e da Petiscaria Imperial, em menos de uma semana, acendeu um alerta sobre a crise que afeta o setor gastronômico e turístico de Petrópolis. Para a vereadora Professora Lívia, trata-se de uma perda imensa para a cidade, que vai muito além do encerramento de negócios: “São empregos que se perdem, garçons, cozinheiras, atendentes que ficam sem renda, além de músicos que perdem espaços de atuação. Estamos vivendo uma escalada de dificuldades para o setor, agravadas pelo toque de recolher que denunciamos há meses, e que sufoca a economia noturna e cultural da cidade”, afirmou.
A parlamentar reforçou que tem cobrado da Câmara a abertura de um amplo debate sobre políticas de incentivo para os setores turístico e gastronômico, que empregam milhares de petropolitanos e movimentam a economia local. “Não podemos aceitar a lógica punitiva do toque de recolher, que é o oposto do incentivo que Petrópolis precisa. Defendemos medidas concretas: alterações no código de posturas, linhas de crédito acessíveis e desburocratização dos processos. Queremos uma frente ampla de diálogo com empresários, trabalhadores e a sociedade civil organizada”, declarou.
Na avaliação da vereadora, o cenário atual resulta de uma combinação de fatores, como carga tributária pesada, multas com valores altíssimos, legislações punitivas, ausência de políticas públicas específicas e falta de intervenção urbana por parte da Prefeitura e do Governo do Estado. “O toque de recolher vem se somar a esses problemas, impedindo que bares e restaurantes possam funcionar com vida noturna. Petrópolis precisa escolher: ou valoriza sua vocação turística e cultural, ou continuará perdendo patrimônio e empregos”, alertou.
No âmbito legislativo, a Professora Lívia destacou as iniciativas já em andamento. Recentemente, sua mandata promoveu uma audiência pública com representantes da sociedade civil e o Secretário de Segurança e Ordem Pública, que resultou em um documento com propostas para o setor. Entre as medidas em discussão estão a revisão do código de posturas, a regulamentação da lei do isolamento acústico — que hoje gera multas arbitrárias — e a construção de um dossiê com os principais problemas enfrentados em diferentes regiões da cidade.
“A nossa intenção é cumprir um compromisso assumido desde a campanha: avançar para uma proposta de zoneamento urbano que seja participativa, permitindo que cada região construa um ordenamento capaz de atender empresários, artistas e moradores. Queremos proteger o patrimônio imaterial da nossa cidade, reconhecendo a importância histórica e cultural de bares, restaurantes e espaços de encontro, mas também garantir respeito às normas e aos direitos de todos os cidadãos”, concluiu a vereadora.
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