Doações de sangue em queda em Petrópolis: uma conta que não fecha

 

O GSH Banco de Sangue Santa Teresa emitiu um alerta para a situação crítica dos estoques na unidade de Petrópolis, que operam atualmente 75% abaixo do ideal. Mesmo com campanhas constantes e ações de incentivo à doação, o número de voluntários tem diminuído, colocando em risco o atendimento de pacientes em procedimentos cirúrgicos e emergenciais.

De acordo com a instituição, as reservas atuais garantem apenas 11 dias de cobertura, quando o recomendado seriam ao menos 18 dias. “É uma conta que não fecha. Os hospitais funcionam 24 horas, todos os dias, com cirurgias de alta complexidade, atendimentos de emergência e inúmeros acidentes de trânsito. A necessidade é contínua”, explica Eliane Custódio, captadora do banco de sangue.

Entre os fatores que agravam a escassez estão as doenças sazonais, como gripes e resfriados, que tornam temporariamente inaptos muitos doadores, além da rotina acelerada que faz com que o gesto solidário seja adiado ou esquecido. Atualmente, a unidade registra cerca de 15 a 20 doações por dia, mas o ideal seria alcançar 80 coletas diárias para manter os níveis seguros.

“Estamos enfrentando um momento extremamente delicado. Precisamos que os doadores habituais retornem e que novos voluntários se sensibilizem. Doar sangue é um ato simples, rápido, seguro e que salva vidas”, reforça Eliane.

O GSH Banco de Sangue Santa Teresa funciona todos os dias, das 7h às 18h, inclusive aos finais de semana, na Rua Doutor Paulo Hervê, 1130, no Bingen. Para facilitar o acesso, a instituição oferece transporte gratuito para grupos a partir de quatro pessoas — o agendamento deve ser feito com três dias de antecedência pelo WhatsApp (24) 98857-8769.

Neste feriado de 12 de outubro (domingo), o banco de sangue manterá o atendimento normal, das 7h às 18h, e reforça o convite à população para aproveitar o dia de folga e contribuir com um gesto que pode salvar vidas.