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Encontro das Associações de Moradores no Palácio Itaboraí /Foto Aline Rickly |
O Fórum Itaboraí: Política,
Ciência e Cultura na Saúde/FIOCRUZ Petrópolis e a Federação das Associações de
Moradores de Petrópolis (FAMPE) promoveram no último sábado (27), no Palácio
Itaboraí, um encontro com representantes de associações de diferentes
comunidades do município, com o objetivo de fortalecer o diálogo sobre
cidadania, participação popular e a atuação coletiva nos territórios. A
iniciativa contou com apoio da Casa da Cidadania e do Centro de Defesa dos
Direitos Humanos (CDDH) representando o início de um novo processo de
cooperação para fortalecimento das associações de moradores em Petrópolis.
Ao todo, marcaram presença
representantes das comunidades do Atílio Marotti, Alto da Serra, Quitandinha,
Serrinha, Estrada da Saudade, Vila Rica, Quilombo da Tapera, Posse, Floresta,
São Sebastião, Fazenda Inglesa, Duarte da Silveira, Quarteirão Suíço, Vila
Rica, Castelânea, Alto Independência, Caxambu, Santa Isabel e Chapa 4.
A programação reuniu momentos
culturais, como a apresentação do Trio de Cordas do Palácio Itaboraí, e
atividades participativas, incluindo mesas de debate, dinâmica do Teatro do
Oprimido e grupos de trabalho que debateram sobre desafios e perspectivas para
a atuação das associações.
Na abertura, o diretor do
Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, destacou a importância da mobilização popular
para transformar a realidade social. “As Associações de Moradores são órgãos
coletivos por excelência que podem juntar a comunidade e trabalhar para
transformá-la para que seja mais justa e igualitária. Nós queremos estar juntos
com vocês para construir um modelo capaz de transformar nossas realidades”,
afirmou.
O presidente da FAMPE, Paulo
Souza, ressaltou a trajetória da entidade e a necessidade de uma nova fase de
atuação conjunta. “Tivemos diversos encontros até chegarmos a este momento, e
com esses parceiros vamos poder avançar muito mais”, disse. Durante o encontro,
ele lembrou o aumento da demanda por regularização das associações, com oito
processos eleitorais previstos até o fim de 2025. “Temos agora um novo desafio,
que é acompanhar não apenas a parte eleitoral, mas também a construção de ações
coletivas no interior das comunidades depois das eleições. A FAMPE quer fazer
diferente, não deixando o líder sozinho, mas apoiando com advogado, contador,
cartório e parceiros”, afirmou.
O presidente da FAMPE também
reforçou a importância de recuperar a confiança da população nas associações.
“É fundamental mostrar que as associações estão atuando com transparência, com
seriedade e para o coletivo. A FAMPE está aqui para que aconteça o processo
democrático, para que presidentes e diretorias trabalhem pelo bem comum. E o
poder público vai respeitar quando encontrar associações realmente fortes”,
destacou Paulo.
Tesoureiro da FAMPE, Eduardo
Costa acrescentou que para o pleno exercício da cidadania, é preciso contar com
a população participativa e organizada com o objetivo de alcançar o
desenvolvimento do local onde vive. “Para que a sociedade possa avançar, temos
que buscar realizar a vontade coletiva em prol de resultados para toda a
comunidade. Promover qualidade de vida a todos os cidadãos é nosso objetivo
maior", disse.
Carla Carvalho, coordenadora
do CDDH, ressaltou que o encontro foi de extrema importância, com organizações de
mãos dadas para melhorar as condições das associações de moradores no sentido
democrático, documental, comunicacional e a incidência em políticas públicas e
ações locais. “A compreensão de que as associações de moradores são as
potências locais que incidem na cidade é o que sai de potente do encontro”,
afirmou.
Carlos Jorge, da Casa da
Cidadania, chamou atenção para a importância de consolidar as bases populares
das associações. “Para que seja representativa para a sociedade, essa base
precisa se solidificar e trazer o que os moradores realmente querem”, comentou.
Para Zélia Maria de Souza de
Jesus, vice-presidente da Associação de Moradores do Temistocles, na Estrada da
Saudade, o encontro gerou muito aprendizado. “A gente ainda vê pessoas que se
preocupam e querem melhorar suas comunidades. Por isso, vale a pena a gente
lutar em busca de um objetivo. Espero que tenhamos mais momentos juntos, com as
associações e as lideranças comunitárias”.
O encontro foi encerrado com a
definição de encaminhamentos para ações conjuntas que fortaleçam a atuação da
FAMPE e das Associações de Moradores dentro das comunidades. Entre as medidas
estão a realização de oficinas sobre regularização, de planos de ação e gestão,
o desenvolvimento em conjunto de um sistema de informação e comunicação e o
apoio contínuo às diretorias recém-eleitas, de modo a garantir
representatividade, transparência e fortalecimento institucional.
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