Com mais de 15 anos de carreira, Santy é daqueles artistas que respiram música. Nascido e criado em Petrópolis, cresceu cercado pela batida do samba e cedo encontrou nos palcos sua vocação. Baterista por formação, começou a ganhar reconhecimento acompanhando grandes nomes da música brasileira. 


No samba e no pagode, tocou com Jorge Aragão, Mumuzinho, Alcione, Arlindo Cruz e Arlindinho. Na MPB, sua versatilidade também o levou a dividir projetos com Fernanda Abreu, Sandy & Junior e outros. Atualmente, integra a banda de Renato da Rocinha e se prepara para consolidar a carreira solo como cantor e intérprete. 


“Eu sempre amei estar na música, mesmo que fosse no fundo do palco, acompanhando outros artistas. Mas chegou um momento em que percebi que eu também tinha algo a dizer. Foi aí que decidi sair da bateria e assumir o microfone. É desafiador, mas também é uma realização pessoal enorme”, afirma Santy. 


A transição veio naturalmente, incentivada por amigos e colegas de profissão que enxergaram nele um talento para cantar. Desde então, a resposta do público tem sido surpreendente: cada show reúne novas plateias e um clima de celebração. 


“Eu sou movido pela energia das pessoas. Quando vejo que a galera está cantando comigo, sorrindo, vivendo aquele momento, é aí que tudo faz sentido”, conta. Nos últimos meses, Santy tem feito da Thebanas Choperia e Destilaria, no Centro Histórico de Petrópolis, o palco ideal para apresentar essa nova fase. A casa abraçou o projeto de encontros musicais que aproximam artistas renomados e talentos locais. 


“Quando eu comecei, não tive tanto acesso a esse tipo de oportunidade. Hoje, faço questão de abrir espaço para outros músicos daqui. Eu acredito muito na união e na força coletiva. Se um cresce, todos podem crescer juntos”, reflete. 


Mais do que um cantor, Santy se define como alguém que carrega no corpo a história de quem batalhou para viver de música. “Eu sou fruto da persistência. Foram noites, viagens, ensaios e muita luta para chegar até aqui. E eu não quero guardar isso só pra mim: quero dividir essa trajetória para que outros jovens de Petrópolis e do Rio saibam que é possível, sim, viver de música.” 


Inspirado por suas raízes e pela convivência com grandes nomes da cena musical, Santy prepara um repertório que une clássicos do samba a novas composições próprias. O objetivo é simples, mas ambicioso: emocionar e contagiar. “A música não é minha, a música é de todos. Eu só sou um canal para que ela chegue nas pessoas da melhor forma possível”, conclui.

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