Um novo vazamento de gás
interrompeu o trânsito na manhã desta quarta-feira (15) em um trecho da Estrada
União e Indústria, na altura do número 10.000, próximo à agência da Caixa
Econômica Federal, em Itaipava. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das
9h30, e o tráfego só foi liberado às 11h. Durante o bloqueio, que ocasionou
engarrafamento em vários trechos, motoristas precisaram recorrer à ponte do
Arranha-céu — estrutura que passa apenas um carro por vez, tem limite de 20
toneladas e já foi diagnosticada com necessidade de obras urgentes. Outra via
de escape, igualmente precária, foi a Agante Moço, rua atrás do Parque de
Exposições, obra de ampliação e pavimentação abandonada em 2024.
A Naturgy, concessionária
responsável pela rede, informou que “o rompimento foi causado acidentalmente
por terceiros” — no caso, a empresa Águas do Imperador, que executava obras no
local. O incidente reacendeu críticas de moradores e comerciantes da região,
que vêm enfrentando transtornos constantes por conta das intervenções. A Unidos
por Itaipava cobrou mais responsabilidade e planejamento por parte da
concessionária.
“O que ocorreu hoje não é um
episódio isolado. Infelizmente, temos visto com frequência a Águas do Imperador
romper a rede de gás, danificar calçadas e comprometer a segurança de pedestres
e motoristas”, afirma o presidente da Unita, Alexandre Plantz. “É inaceitável
que uma obra mal executada cause risco à população e impacto direto no trânsito
de uma via que é vital para o distrito.”
Segundo a Unita, além dos
rompimentos de tubulações, as obras vêm deixando um rastro de prejuízos na
infraestrutura urbana. Parte das calçadas — já escassas em Itaipava — têm sido
destruídas, especialmente as formadas por bloquetes, e o material não tem sido
reposto. Comerciantes vêm eles próprios tentando limpar calçadas e meios-fios,
medida paliativa, e reclamam que a empresa não reconstrói os passeios em suas
formas originais.
“O que se vê são buracos sendo
preenchidos com pó de brita, o que desvaloriza o entorno, cria poeira e
dificulta a circulação de pedestres”, destaca o secretário da entidade,
Fabrício Santos. “Itaipava precisa de obras bem-feitas, com responsabilidade e
respeito à cidade. O mínimo esperado é que o que foi quebrado seja devidamente
reconstruído.”
A Unita informou que pretende
formalizar um pedido de providências às concessionárias envolvidas e acompanhar
de perto as intervenções em curso na Estrada União e Indústria, cobrando
reparos e medidas que garantam segurança e qualidade nas obras realizadas no
distrito.
Outro ponto crucial
evidenciado pelo incidente foi o uso de duas opções em estado precário cujas
obras são consideradas fundamentais para a mobilidade de Itaipava: a ponte do
Arranha-Céu e a Rua Agante Moço. “São reivindicações antigas e, mesmo assim,
cada vez mais urgentes. A ponte, que tem laudo técnico atestando sua
fragilidade, e a rua atrás do Parque com obras abandonadas em 2024. A Unita vem
reivindicando prioridade para estes dois pontos como forma de garantir o fluxo
em Itaipava, além de outras intervenções que podem dar mais fluidez
ao trânsito”, aponta Alexandre Plantz.
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