O Dia Nacional de Combate à Tuberculose foi criado para conscientizar a população sobre a doença, reforçando a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento. Considerada como um problema de saúde pública, a tuberculose teve 84.308 novos casos em 2024, de acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério de Saúde no início do ano. Segundo o Dr. Alexandre Bretas Simões, pneumologista do Hospital Santa Teresa, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa por via aerógena, através da produção de gotículas e aerossóis, ou seja, acontece quando a pessoa já infectada espirra, tosse e fala perto de outro indivíduo durante um tempo constante.

 

A doença é causada por um micobactéria e acomete principalmente os pulmões, gerando sintomas como tosse com expectoração, cansaço, falta de ar, febre, sudorese noturna, emagrecimento e hemoptise - um processo de eliminação de sangue pela boca. Crianças, idosos, pessoas com doenças imunossupressoras e pacientes em uso de medicamentos imunossupressores fazem parte dos grupos mais vulneráveis.

 

De acordo com o Dr. Alexandre, a tuberculose afeta, principalmente, as camadas mais pobres e vulneráveis de grandes aglomerados com condições precárias de habitação e higiene. “Para a prevenção efetiva da doença, é necessário melhorar as condições de vida da população, tratar a pessoa doente e analisar os outros integrantes da mesma casa e vizinhança, já que, por conta convivência constante, eles podem estar com a doença mesmo sem apresentar sintomas”, explica o pneumologista.

 

Nesse contexto, após o diagnóstico, o paciente passa por um tratamento medicamentoso e com duração de, no mínimo, sete meses. Por conta do longo período, muitas pessoas acabam desistindo do processo, mas é preciso resistir. Isso porque a interrupção leva a consequências mais sensíveis, como a diminuição das chances de cura e a produção de micobactérias resistentes aos antibióticos que aumentam a gravidade da doença para o próprio paciente e infectam outras pessoas.

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