Médica Veterinária Priscila Mesiano


O verão chegou! Assim como nos humanos, é necessário ter cuidado com os animais de estimação neste calor em excesso. O risco é ainda maior nos horários em que o sol fica mais forte, principalmente em raças braquicefálicas, como Pug, Buldogue Inglês e Francês, Shih-Tzu, Lhasa Apso, Cavalier King, Shar-Pei, entre outros, pois o corpo pode super aquecer e levar o animal a óbito. As patinhas também são partes do corpo que merecem atenção, pois podem sofrer queimaduras graves. Deve-se verificar a temperatura do solo antes de brincadeiras e caminhadas, sendo que os melhores horários para atividades são antes das 9h e depois das 16h. Deixe sempre o animal em lugar arejado e com água fresca disponível.


Para alguns, a viagem de férias já está programada. Outros preferem o descanso em Petrópolis. Seja qual for a escolha, é preciso cuidar do bichinho de estimação, tomando algumas medidas preventivas. De acordo com a médica veterinária Priscila Mesiano, da Clínica Amigo Bicho, os antiparasitários devem estar em dia. “Nesta estação aumentam os riscos de proliferação de pulgas e carrapatos, transmissores de doenças que podem ser fatais para os animais de estimação. Além disso, as vacinas antirrábica e múltipla (ministrada apenas em clínicas particulares) devem estar atualizadas a cada 12 meses, prevenindo, respectivamente, doenças como raiva, cinomose, parvovirose, leptospirose, parainfluenza, coronavirose, adenovirose e hepatite infecciosa canina”, esclarece. 


Em caso de viagem com eles, é importante planejar a viagem com antecedência, já que veículos como ônibus e aviões exigem atestado de saúde para o transporte. Sempre leve a carteirinha de vacinação, pois algumas regiões e hotéis exigem a apresentação. “O animal não pode comer grandes quantidades de alimento antes do deslocamento para evitar enjoos e diarreia. É preciso ter paradas para água e outras necessidades para a viagem ser o mais tranquila possível. Não se deve mudar a alimentação do animal, muitas vezes, sendo necessário levar a quantidade de alimento/ração a serem usados nos dias que estiver fora de casa”, orienta Priscila.


A atenção para a segurança na viagem do pet também é fundamental, pois o Código de Trânsito Brasileiro proíbe que o bichinho fique solto com o motorista dentro do carro, seja na cidade ou estrada. A infração é passível de multa e perda de pontos na carteira. “Há cintos, além de caixas e cadeiras de transporte. Os cintos, que podem ser usados por todos os bichinhos, dispõem de uma ponta presa no encaixe do cinto de segurança do carro e a outra na coleira do animal; as cadeiras, indicadas para animais até 10Kg, ficam com as alças penduradas no encosto de cabeça, dentro há um cinto de segurança que também é unido à coleira; as caixas são para todos os tamanhos de cães e ideais para gatos, sendo vendidas em diversos tipos de material. Os animais devem ser transportados no banco de trás do veículo”, explica.


Caso a pessoa leve o animalzinho para municípios com praia, é importante fazer vermifugação específica contra a dirofilariose (verme do coração). “A dirofilariose é mais comum em cidades litorâneas, pois o clima quente da Região dos Lagos favorece a multiplicação das fêmeas dos gêneros de mosquitos Culex e Aedes, transmissoras que, contaminadas, disseminam a doença ao picar animais saudáveis. A partir do momento em que o parasita entra no corpo do animal, ele cai na corrente sanguínea e passa a se desenvolver em forma de novelo no coração, podendo chegar a vinte centímetros de comprimento em três anos. A doença é silenciosa e pode matar”, finaliza Priscila.

Post a Comment

Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.

Postagem Anterior Próxima Postagem

PUBLICIDADE