O dia 26 de dezembro poderia, sem exagero, ser chamado de “Dia Mundial da Troca de Presentes”. É quando consumidores retornam às lojas para ajustar tamanho, cor ou modelo do que receberam no Natal — um movimento tradicional que mantém o comércio aquecido mesmo após a data mais importante do varejo.
Em Petrópolis, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) avalia que o período de trocas é também uma oportunidade estratégica para o varejo, especialmente nas lojas físicas. “O consumidor vai à loja e, muitas vezes, acaba complementando a compra inicial, levando outros produtos além da troca prevista”, observa Cláudio Mohammad, presidente da entidade.
A CDL Petrópolis reforça, no entanto, que é fundamental respeitar o que determina o Código de Defesa do Consumidor. A troca é obrigatória apenas em casos de defeito no produto. Quando não há problema, a substituição por tamanho, cor ou modelo é uma liberalidade do lojista, que deve informar previamente sua política de troca, de forma clara e visível no ponto de venda ou na nota fiscal.
“Transparência é essencial. O cliente precisa saber exatamente em quais condições a troca é aceita. Isso evita conflitos e fortalece a relação de confiança entre consumidor e lojista”, destaca Mohammad.
Mesmo não sendo obrigatória em todos os casos, a política de troca é vista como uma ferramenta de fidelização. Muitas lojas adotam práticas flexíveis, como crédito para novas compras ou ampliação de prazos, estimulando o retorno do cliente ao estabelecimento.
Segundo a CDL, o pós-Natal costuma gerar vendas adicionais, já que o consumidor, ao trocar um item, aproveita para complementar o presente, adquirir acessórios ou optar por produtos de maior valor, pagando a diferença. “É um momento em que o comércio pode surpreender positivamente, oferecendo bom atendimento, variedade e condições atrativas”, afirma o presidente da entidade.
A CDL orienta os lojistas a manter equipes preparadas, estoque organizado e regras bem definidas para esse período, transformando a troca em uma experiência positiva. “Quando bem conduzida, a troca deixa de ser um problema e se transforma em oportunidade — para o cliente e para o comércio”, aponta Cláudio Mohammad.


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