O Natal segue como o dado mais
importante do calendário do varejo com 124,3 milhões de brasileiros indo às
compras. A estimativa nacional da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) projeta que as compras
natalinas injetem R$ 84,9 bilhões em economia em 2025, com 76% dos consumidores
projetados para apresentar alguém.
Em Petrópolis, a expectativa é
de que as lojas físicas tenham papel decisivo no desempenho do setor,
acompanhando a tendência nacional. A pesquisa mostra que 75% dos consumidores
pretendem comprar presencialmente, mantendo a preferência por lojas de
departamento (36%) e shopping centers (31%). “À medida que as vendas de fim de
ano continuam sendo fundamentais para o comércio local, o consumidor demonstra
que valoriza a experiência presencial. Isso reforça a importância do
atendimento de qualidade, da vitrine bem montada e do estoque preparado”,
afirma Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de
Petrópolis (CDL).
Mesmo com o avanço do digital,
o levantamento reforça que a ida às ruas permanece forte. De acordo com uma
pesquisa, 58% comprarão ao menos um presente online — cerca de 94,2 milhões de
pessoas —, mas o canal virtual não supera o presencial. Entre os que utilizam a
internet, 71% devem comprar por aplicativos, 61% por sites e 23% pelo
Instagram. A lista de preferência entre os canais digitais é liderada pelos
sites internacionais (64%), que ultrapassam os nacionais (42%), estes em queda
de 13 pontos percentuais em relação a 2023.
A escolha dos presentes também
segue padrões tradicionais: filhos liderados como específicos de apresentação
(58%), seguidos por mãe (46%), participação (40%), pai (23%) e irmãos (23%).
Para 28% dos consumidores, o presente mais caro será destinado aos filhos; para
19%, ao participação; e para 18%, à mãe.
A pesquisa ainda mostra um
consumidor atento aos preços e mais racional nas escolhas. Oito em cada dez
compradores (82%) pretendem pesquisar valores antes de adquirir os presentes. A
internet será o principal ambiente de comparação — 87% dizem que vão pesquisar
online, usando sites e aplicativos (75%) e redes sociais (47%). Ainda assim,
63% farão pesquisas em lojas físicas, principalmente em shoppings (41%) e no
comércio de rua (34%). Entre os sites mais consultados, destacam-se as lojas
internacionais (69%), buscadores (52%), marketplaces de novos e usados (52%)
e lojas de departamento (47%).
Para Cláudio Mohammad, a
combinação entre pesquisa online e compra presencial reforça a necessidade de o
comércio estar preparado em ambos os ambientes. "O cliente chega muito
mais informado. Isso exige do lojista preços competitivos, claros na
comunicação e uma experiência de compra que realmente faz a diferença. No
Natal, quem se organiza sai na frente", destaca o presidente da CDL.
Quanto à percepção de preços,
59% dos consumidores avaliam que os presentes estão mais caros em relação ao
último Natal, enquanto 32% acham que estão no mesmo patamar e 8% os consideram
mais baratos. Para o setor, o cenário reforça a importância de estratégias de
atração, como promoções pontuais, condições de pagamento e ações de
fidelização.
Cláudio Mohammad acredita que
o desempenho deste ano deve ser positivo para o comércio local. "O Natal
é, historicamente, o período que melhor representa a força do varejo
petropolitano. Se o lojista se prepara bem, atende com qualidade e cria boas
oportunidades, o consumidor responde. Nossa expectativa é de um movimento forte
nas lojas físicas, que seguem essenciais para a economia da cidade",
analisa o presidente da CDL Petrópolis.



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