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Georgea Rodrigues numa audiodescrição simultânea durante evento cultural
Audiodescrição em pauta
A petropolitana Georgea
Rodrigues, narradora, roteirista e diretora da Inclusive Acessibilidade
Produção Cultural, lança, neste dia 13 de dezembro, Dia Nacional da Pessoa com
Deficiência Visual, mais um projeto de acessibilização. O AquaRio, na Zona Portuária
carioca, inaugura o recurso de audiodescrição panorâmica do seu Circuito de
Visitação assinado pela produtora. Ao longo do percurso, são narradas histórias
inusitadas e pitorescas sobre alguns dos 10 mil moradores do maior aquário
marinho da América do Sul.
A Inclusive trabalha cada
projeto de forma única, sob a perspectiva da acessibilidade estética e propõe
às pessoas com deficiência visual, uma experiência impactante, culturalmente
imersiva e, acima de tudo, anticapacitista. Dentre os trabalhos atuais da
produtora estão: “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”, na Caixa Cultural
Fortaleza (CE); Nova Exposição Permanente do Museu do Futebol, em São Paulo
(SP); e Museu Casa Darcy Ribeiro, em Maricá (RJ).
Arte, cultura e educação
inclusivas são os fios condutores que norteiam a trajetória da audiodescritora,
roteirista e narradora Georgea Rodrigues. A produtora e diretora de criação da
Inclusive Acessibilidade Produção Cultural investe no conhecimento técnico e
experiencial para produzir de forma singular seus projetos. A abordagem
criativa e colaborativa propõe uma experiência impactante e, acima de tudo,
anticapacitista. “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”, em cartaz na
Caixa Cultural Fortaleza (CE); e a Nova Exposição Permanente do Museu do
Futebol, em São Paulo, inaugurada em julho deste ano, são exemplos de trabalhos
assinados pela produtora de acessibilidade.
“Acreditamos que o recurso da
audiodescrição, tradução de imagens em palavras, não deve se limitar a atuar
somente com a informação descrita. A AD pode e deve ir além, provocando e
instigando o público a sentir integralmente a atmosfera da obra. Para isso,
lançamos mão da busca por histórias inusitadas e pitorescas que produzam uma
narrativa audiodescrita criativa e entregá-la por meio de sonoridades diversas
e narrações expressivas. Na Inclusive, trabalhamos essencialmente sob essa
perspectiva da acessibilidade estética, a fim de também transformá-la em uma
experiência tão interessante que atenda não só ao público de pessoas com
deficiência visual, mas ao público que se interessa por cultura. Isso para mim
é inclusão”, afirma Georgea Rodrigues.
Na prática, o audiodescritor
roteirista precisa compreender profundamente a obra e a partir daí produzir o conceito
do trabalho que quer desenvolver. Exemplificando: a exposição “FUNK: Um grito
de ousadia e liberdade”, que ficou em cartaz no Museu de Arte do Rio – MAR,
trazia a influência do soul no funk carioca. A produtora de acessibilidade
escolheu audiodescrever o percurso expositivo por meio de uma avó e uma neta,
conectando o passado e o presente. Já na Nova Exposição Permanente do Museu do
Futebol, criou o programa de rádio audiodescrito “Futebol é Mais”, reforçando a
importância e a identidade do veículo de comunicação para a pessoa com
deficiência visual.
No Museu Casa Darcy Ribeiro,
em Maricá (RJ), quem conduz a narrativa é o próprio Darcy, que revisita a casa
onde morou e foi transformada em museu. A exposição “Nise da Silveira – A
Revolução pelo Afeto”, que já esteve no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB),
no Rio de Janeiro, antes de embarcar para o Nordeste, conta com a presença de
diversos personagens que conviveram com a psiquiatra, mostrando toda a sua
trajetória.
“Quando fomos convidados a produzir
a AD de Nise da Silveira não poderíamos produzir um trabalho convencional. A
ideia era caminhar com a curadoria, trazendo justamente essa visão
transgressora de Nise através do recurso da audiodescrição. Para isso, contamos
com uma equipe de audiodescritores roteiristas, consultores e dubladores
profissionais. O roteiro foi produzido sob a supervisão da Prof. Dra. Josélia
Neves, reconhecida internacionalmente na área, e que também liderou a equipe de
audiodescritores da Copa do Mundo Fifa de 2022, no Catar. Nomeamos esse
trabalho como Experiência Sonora Descritiva, pois contou também com a criação
de sound painting (paisagem sonora)”,
explica a diretora da Inclusive.
| Mãos de Cida Leite,
consultora de audiodescrição da Inclusive |
Alguns trabalhos da Inclusive Acessibilidade
Criação de audiodescrição para
as exposições “Crônicas Cariocas”, “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”,
“ARTE EM BREVE: O corpo professor em cena!”, “Pegadas do Pequeno Príncipe” e
“Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”, entre outras. Além das exposições
permanentes do Museu Casa Darcy Ribeiro (Maricá, RJ), e a Nova Exposição
Permanente do Museu do Futebol, (São Paulo).
Ainda este mês, comemorando o Dia
Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, em 13 de dezembro, mais um projeto
assinado pela Inclusive aporta no Rio de Janeiro: a audiodescrição do Circuito
de Visitação do AquaRio (Aquário Marinho do Rio).
Museu do Amanhã (RJ), Museu do
Ingá (Niterói, RJ), Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB (RJ) e (BH), Museu
de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAMRio, Oi Futuro (RJ), Instituto Moreira
Salles (IMS São Paulo), Japan House São Paulo (SP), Petrobras (RJ), Museu de
Arte do Rio – MAR (RJ) e Caixa Cultural Fortaleza (CE) são alguns espaços
culturais assistidos pela Inclusive Acessibilidade Produção Cultural.
Audiodescrição para
espetáculos teatrais, como: “Cauby! Cauby!”, “O Pagador de Promessas”, “Caio do
Céu” e “Onde está Cassandra?” estão na lista de realizações da produtora.
Acessibilidade para centenas de produções audiovisuais também fazem parte do
currículo da Inclusive Acessibilidade. TV aberta, cinema, canais de streaming
(Netflix) e TV fechada (GloboNews, Canal Futura, Canal OFF e GNT), redes
sociais (projetos para Museu de Arte do Rio – MAR, no YouTube), Mostra FIFH -
Cinema Sem Diferenças e filmes de grande circulação como Kasa Branca (2004), É
Fada! (2016), Desapega! (2022), Apaixonada (2023), Transo (2023), Assexybilidade
(2023) e Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo (2024). Além de Os Normais (2025),
dentro da programação do Festival Open Air, no Rio de Janeiro (RJ).
Conheça Georgea Rodrigues
Natural de Petrópolis, Rio de
Janeiro (RJ). Audiodescritora roteirista, narradora e produtora de
acessibilidade. Estudou Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL).
Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela FACHA. Especialização em
Audiodescrição pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas
Gerais (MG). Diretora de criação e produtora da Inclusive Acessibilidade Produção
Cultural, com quase 10 anos no mercado. A empresa atua na produção de
audiodescrição, legendagem descritiva para surdos e ensurdecidos e Libras. É
também dubladora há mais de 30 anos, diretora de voz, locutora publicitária e
foi locutora do Canal Gloobinho (2020 – 2025). Palestrante e instrutora do
curso “Audiodescrição em Produções Audiovisuais” pela ABC Cursos de Cinema e
RioFilme. Professora de narração no curso “Audiodescrição AD”, da Pós-Graduação
da PUC Minas (MG).


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