Um concerto histórico, promovido pela Prefeitura de Petrópolis por meio da
Fundação de
Cultura e Turismo, vai ser realizado às 19h30 da próxima
quinta-feira, 4 de dezembro, no teatro do Sesc Quitandinha. Encerrando as
comemorações do Centenário do maestro César Guerra-Peixe, realizadas ao
longo deste ano, o concerto, com entrada franca, tem a parceria da Orquestra
Sinfônica Nacional – OSN UFF, em uma espécie de síntese da trajetória musical
do maestro. A orquestra, que ele integrou como violinista até o fim
de sua vida, virá a Petrópolis executar as obras do autor em sua cidade natal,
e homenagear seu ex-integrante, já que Guerra-Peixe foi, até o fim de
sua vida, instrumentista da OSN no naipe dos violinos. A regência, neste
concerto, será do maestro petropolitano Carlos Völker Fecher.Também
participarão, a convite da orquestra, o Coral Municipal de Petrópolis e o Coral
Nheengarecoporanga, do CDDH, tornando o evento ainda mais memorável.
A
Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (OSN-UFF) é um
dos mais importantes corpos musicais do país. Fundada em 1961 pelo então
presidente Juscelino Kubitschek e inicialmente ligada à Rádio MEC <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rádio_MEC>,
nasceu com o objetivo de difundir a música brasileira erudita. Em 1984 passou a
integrar a Universidade Federal Fluminense. Carlos Völker-Fecher, que estará
regendo a orquestra, é filho musical de Ernani Aguiar, que foi um dos maiores
discípulos de Guerra-Peixe. Carlos, ou Duda, como é conhecido na cidade,
recentemente também regeu a Orquestra Comunitária da Unicamp (de Campinas, SP)
em concerto que, no dia 1º de novembro, homenageou quatro compositores eruditos
nacionais, dentre eles o próprio Guerra-Peixe.
Os
corais que participarão do evento estão sendo preparados pelos maestros Paulo
Afonso dos Santos Filho, Raphael Macedo e Carlos Völker- Fecher.
O PETROPOLITANO QUE LEVOU AO MUNDO O NOME DA CIDADE
Guerra-Peixe nasceu
em Petrópolis, no dia 14 de março de 1914, e aqui iniciou sua trajetória
musical, aos 9 anos de idade, ingressando na Escola de Música Santa Cecília,
onde rapidamente ganhou as primeiras medalhas pelo desempenho. Em 1928
conseguiu seu primeiro trabalho, como violinista em sessões de cinema mudo em
Petrópolis, e a partir de 1929, tornou-se professor na própria escola. Três
anos depois entrou para o curso de violino do Instituto Nacional de Música do
Rio de Janeiro (atual). Em 1937, após ingressar por concurso na Escola Nacional
de Música da UFRJ obtendo o primeiro lugar, Guerra Peixe transferiu-se
para a cidade do Rio de Janeiro. Para sobreviver, passou a trabalhar como
músico em orquestras de salão que tocavam em confeitarias e bares, além de
integrar um trio alemão que se apresentava na Taberna da Glória.
Em
1943, ingressou no Conservatório Brasileiro de Música para se aperfeiçoar em
contraponto, fuga e composição, tornando-se o primeiro aluno a concluir o curso
de composição do Conservatório. Teve trajetória brilhante como compositor de
música erudita e popular, arranjador e maestro, além de violinista. Pesquisou
profundamente ritmos e tradições brasileiras, especialmente nordestinas, que
trouxe para suas composições, produzindo uma música erudita genuinamente
brasileira, hoje conhecida em diversos países.
Do
mesmo modo, criou arranjos sinfônicos para músicas de autores da MPB tão
diferentes como Chico Buarque de Holanda, Luiz Gonzaga e Tom Jobim. Imortalizou
Petrópolis em uma de suas obras mais importantes, "Petrópolis de minha
Infância", para orquestra de cordas, e enriqueceu a vida cultura da cidade
compondo especialmente para o Coral Municipal de Petrópolis a música “No Estilo
da Folia de Reis”.
Departamento
de Comunicação
Fundação
de Cultura e Turismo
Prefeitura
de Petrópolis
(24)
2233-1236 / 2233-1212
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