Obra-prima do Teatro do
Absurdo, retrata a guerra civil espanhola.
Considerado um dos grandes
dramaturgos do século 20, Fernando Arrabal, era escritor,
A guerra e a incompreensão são
temas importantes nas obras de Arrabal. Vale ressaltar que o pai de Arrabal
fora condenado à morte e depois à prisão durante a Guerra Civil da Espanha, e o
mesmo conseguiu escapar da prisão, mas desapareceu. Arrabal, por sua vez, era
contra a ditadura de Franco, teve suas obras censuradas e saiu da Espanha para
morar na França em 1955.
Segundo
estudiosos, Fernando Arrabal fora julgado por Franco em 1967 como um dos
espanhóis mais perigosos e fora impedido de retornar ao seu país. A guerra
assim como a falta de compreensão e a comunicação conturbada estão presentes em
“Piquenique no Front” assim como em outras obras de Arrabal.
É o primeiro trabalho de
direção teatral da atriz, cantora e professora petropolitana Letícia
Laranja (Foto), ex-aluna do Arte na Avenida, que é Bacharel em Artes Cênicas pela CAL
(Casa de Artes de Laranjeiras) e ganhou os prêmios de melhor Atriz – Curta “24
Horas” de Roberta Amaro pelo Festival de Curtas ESPM e de melhor Atriz – Peça
“Efêmera” de Rodrigo Lima pelo FETEG – Festival de Teatro de Guaranésia.
O elenco é formado pelos
alunos do Curso de Teatro Adolescente do Espaço Cultural Arte na Avenida:
Beatriz Souza (Tépan), Ana Laura Satyro (Enfermeira), João Pedro dos Santos
(Tópan), Jéssica Ramos (Típan), Julia Carreiro (Enfermeira), Nicole
Reis (Zapo), Piero Fagundes (Zepo) e Priscila Stilpen (Enfermeira).
O espetáculo conta de forma
bem humorada, original e absurda, a história do soldado incompetente Zapo que,
em combate, recebe num domingo a inesperada visita de sua família para um
piquenique em pleno front de batalha. Sem entender a situação, Zapo acompanha
essa atividade familiar com acontecimentos insólitos, um piquenique no meio de
uma guerra, entre bombas, tiros e rajadas, como a prisão do soldado inimigo
Zepo e a visita de enfermeiras à procura de feridos. A gentileza e
tranquilidade de todos não é abalada, em meio de bombardeios de aviões,
metralhadoras e granadas eles bebem, cantam, brincam e dançam. (...) “Viemos
aqui para fazer um piquenique com você e vamos aproveitar o domingo. (...) Já
que o Senhor prisioneiro é tão simpático, vamos passar um ótimo dia no campo.”
(...)
Com uma escrita muito
precisa e essencial em cada pequena frase, Arrabal fala de maneira
particular sobre o olhar de filhos e pais em relação à guerra. Encenar esta
Obra Prima do Teatro do Absurdo é, uma homenagem a um dos grandes
nomes deste gênero no Mundo.
“Piquenique no Front”
nos remete a um momento histórico e nos permite perceber que, mesmo depois de
tantas décadas, a banalização da vida e da morte continuam acontecendo nas
ruas, no mundo e ao nosso lado, o que comprova a genialidade desse autor.
Serviço
“Piquenique no Front"
Data: 18 de novembro de 2018
(domingo)
Horário: 18h
Local: Theatro D. Pedro (Praça
dos Expedicionários S/N - Centro)
Duração : 60 minutos
Valor do Ingresso: R$ 20,00
(R$ 10,00 antecipados e meia-entrada)
Ingresso à venda: Rua 16 de
Março 56/303 (2ª a 6ª feira – das 14h às 20h e aos sábados das 9h às 15h)
Censura: livre
Informações: (24) 2231-0489 ou
24-99217-2531
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