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Obra-prima do Teatro do Absurdo, retrata a guerra civil espanhola.


Considerado um dos grandes dramaturgos do século 20, Fernando Arrabal, era escritor,
pintor, poeta, dramaturgo, diretor e cineasta Espanhol. Nascido em agosto de 1932 em Melilla - cidade espanhola em Marrocos, Arrabal Terán, autor de “O cemitério de automóveis”, “O Arquiteto e o Imperador de Assíria”, “Piquenique no Front” e tantas obras que o tornaram célebre.  É responsável por uma obra de forte cunho político, motivo pelo qual foi preso em 1967 pela ditadura de Francisco Franco e posteriormente desterrado. O momento de ebulição no Brasil, portanto, soa perfeitamente apropriado para a montagem de um de seus textos.
A guerra e a incompreensão são temas importantes nas obras de Arrabal. Vale ressaltar que o pai de Arrabal fora condenado à morte e depois à prisão durante a Guerra Civil da Espanha, e o mesmo conseguiu escapar da prisão, mas desapareceu. Arrabal, por sua vez, era contra a ditadura de Franco, teve suas obras censuradas e saiu da Espanha para morar na França em 1955.
Segundo estudiosos, Fernando Arrabal fora julgado por Franco em 1967 como um dos espanhóis mais perigosos e fora impedido de retornar ao seu país. A guerra assim como a falta de compreensão e a comunicação conturbada estão presentes em “Piquenique no Front” assim como em outras obras de Arrabal.
É o primeiro trabalho de direção teatral da atriz, cantora  e professora petropolitana Letícia Laranja (Foto), ex-aluna do Arte na Avenida, que é Bacharel em Artes Cênicas pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras) e ganhou os prêmios de melhor Atriz – Curta “24 Horas” de Roberta Amaro pelo Festival de Curtas ESPM e de melhor Atriz – Peça “Efêmera” de Rodrigo Lima pelo FETEG – Festival de Teatro de Guaranésia.
 O elenco é formado pelos alunos do Curso de Teatro Adolescente do Espaço Cultural Arte na Avenida: Beatriz Souza (Tépan), Ana Laura Satyro (Enfermeira), João Pedro dos Santos (Tópan), Jéssica Ramos (Típan),  Julia  Carreiro (Enfermeira), Nicole Reis (Zapo), Piero Fagundes (Zepo) e Priscila Stilpen (Enfermeira).
O espetáculo conta de forma bem humorada, original e absurda, a história do soldado incompetente Zapo que, em combate, recebe num domingo a inesperada visita de sua família para um piquenique em pleno front de batalha. Sem entender a situação, Zapo acompanha essa atividade familiar com acontecimentos insólitos, um piquenique no meio de uma guerra, entre bombas, tiros e rajadas, como a prisão do soldado inimigo Zepo e a visita de enfermeiras à procura de feridos. A gentileza e tranquilidade de todos não é abalada, em meio de bombardeios de aviões, metralhadoras e granadas eles bebem, cantam, brincam e dançam. (...) “Viemos aqui para fazer um piquenique com você e vamos aproveitar o domingo. (...) Já que o Senhor prisioneiro é tão simpático, vamos passar um ótimo dia no campo.” (...)
 Com uma escrita muito precisa e essencial em cada pequena frase,  Arrabal  fala de maneira particular sobre o olhar de filhos e pais em relação à guerra. Encenar esta Obra Prima do Teatro do Absurdo é,   uma homenagem a um dos grandes nomes deste gênero no Mundo. 
 “Piquenique no Front” nos remete a um momento histórico e nos permite perceber que, mesmo depois de tantas décadas, a banalização da vida e da morte continuam acontecendo nas ruas, no mundo e ao nosso lado, o que comprova a genialidade desse autor.

Serviço
“Piquenique no Front"
Data: 18 de novembro de 2018 (domingo)
Horário: 18h
Local: Theatro D. Pedro (Praça dos Expedicionários S/N - Centro)
Duração : 60 minutos
Valor do Ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00 antecipados e meia-entrada)
Ingresso à venda: Rua 16 de Março 56/303 (2ª a 6ª feira – das 14h às 20h e aos sábados das 9h às 15h)
Censura: livre
Informações: (24) 2231-0489 ou 24-99217-2531 

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