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A Diocese de Petrópolis com objetivo de tornar mais fácil o acesso dos fiéis a missa e procissão da solenidade de Corpus Christi, dia 20 de junho, publicou no site (www.diocesepetropolis.com.br) e no aplicativo uma página com todos os horários e procissão das 46 paróquias da Diocese. O bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB, este ano vai presidir a missa de Corpus Christi às 9h, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Areal, e às 15h, na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis.
Como ocorre todos os anos, em todas as paróquias da Diocese haverá procissão do Santíssimo Sacramento pelas ruas, passando sobre os tapetes confeccionados pelos fiéis. A festa de Corpus Christi é o único momento em que a Eucaristia, onde Jesus Cristo está vivo e presente, sai da igreja e é conduzido pela rua. De acordo com bispo, esta é a manifestação pública da fé católica num Deus que está vivo e presente.
A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Aconteceu, porém, que quando o Padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor.
São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração de Corpus Christi.
Em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.
Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração normalmente tem início com a missa, seguida pela procissão pelas ruas da cidade, que se encerra com a bênção do Santíssimo.
Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
Começaram assim as grandes procissões eucarísticas e também o culto a Jesus Sacramentado foi incrementado no mundo todo através das adorações solenes, das visitas mais assíduas às Igrejas e da multiplicação das bênçãos com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos cada vez mais admiráveis. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e todo o mundo católico.
A arte dos tapetes - A festa religiosa de Corpus Christi para quem não é católico é uma atração turística e isto por causa dos tapetes desenhados que retratam a fé em Cristo presente na Eucaristia. Por causa de sua grande importância, os tapetes transformaram-se ao longo dos anos em arte popular e em alguns lugares do Brasil são produzidas verdadeiras obras de arte.
O único inconveniente é que dura apenas o tempo da procissão.
Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, com dizeres e figuras relativas ao assunto.
Esta festa e a confecção dos tapetes no Brasil é comemorado no país desde a chegada dos portugueses. A tradição de fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares onde chegaram seus imigrantes, como por exemplo Florianópolis.
A festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses. No Brasil, numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931). A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

Foto: Marise Simões







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