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UNIFASE/FMP


O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) está participando do projeto Internacional “Diálogos interculturais”, em parceria com o Núcleo de Estudos sobre Povos Indígenas, Interculturalidade e Educação - NEPIIE da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), coordenado pela Dra. Kelly Russo, e pelo grupo de pesquisa-criação do Dr. Simon Harel, da Universidade de Montreal, no Canadá. O estudo envolve a elaboração de autonarrativas audiovisuais com vídeos 360° de jovens estudantes de escolas públicas brasileiras e canadenses.

 

“Nesse projeto, o primeiro pilar são os territórios analisados de várias perspectivas, não apenas a questão do espaço físico, mas de identidade também, de forma múltipla, pois essa relação com o território é complexa. Aqui em Montreal, por exemplo, temos muitos imigrantes e indígenas. Essas pessoas mudam de território e carregam em si outros territórios, formando identidades muito complexas. Então, essa noção de território abriga uma visão processual do território como algo que é construído nas interações e não como uma coisa delimitada pelas fronteiras do mapa. O segundo pilar é o conceito da narrativa, explorando a fala e o ponto de vista da pessoa que está contando a própria história. Neste caso, os adolescentes relatam como enxergam os seus territórios. A mídia imersiva é o terceiro elemento que a gente traz no projeto, trabalhando com realidade virtual e com vídeo 360°”, explica Dra. Julia Salles, professora integrante do grupo da Universidade de Montreal.

 

A convite da Dra. Julia Salles, o Laboratório de Representações Sociais da UNIFASE formou uma parceria com o grupo EMI Áudio e Vídeo, do Colégio Estadual Dom Pedro II, e o Núcleo de Estudos sobre Povos Indígenas, Interculturalidade e Educação da UERJ passou a atuar com uma comunidade da Escola Municipal Indígena Guarani Kyringue Aranduá, de Itaipuaçu, para desenvolverem uma experiência piloto da mesma ação no Brasil.

 

“Esse projeto é muito interessante, pois coloca em diálogo diferentes culturas juvenis, numa perspectiva intercultural, visando contribuir para a promoção de novas práticas educativas, ancoradas na vivência e no diálogo de educadores e jovens envolvidos na realização de produtos audiovisuais. Essa experiência tem sido importante para conhecermos uma nova modalidade de investigação, a pesquisa-criação, ainda pouco usual no Brasil. Essa modalidade de pesquisa envolve muitas camadas, desde o acompanhamento aos desafios do processo de criação/produção de uma obra artística, mas também a dimensão subjetiva de como essa experiência mobiliza e afeta cada sujeito da pesquisa. Permite uma aproximação de outra ordem aos processos psicossociais de construção e reconstrução de representações. Ela exige nossa reflexão crítica constante, a partir dos critérios e rigorosidade científicos”, destaca Maria Regina Bortolini, coordenadora do Laboratório de Estudos em Representações Sociais da UNIFASE/FMP.



A produção de autonarrativa no contexto da pandemia possibilitou que todos os envolvidos no projeto pudessem entrar em contato com as emoções, sentimentos, afetos, dores e conflitos que os adolescentes estão vivenciando neste período pandêmico. O contato com os aspectos de saúde dos adolescentes fora do ambiente de unidades de saúde, a partir de projetos sociais, pode ser um aprendizado importante para a formação de novas competências para os estudantes de Iniciação Científica envolvidos. Afinal, a inserção de um profissional de saúde neste mundo midiatizado não se resume ao consultório.

 

“Esse processo de Iniciação Científica é uma experiência incrível, pois estou dialogando com um universo que vai além da medicina em si. No meio médico, muitas vezes, a gente fica restrito aos estudos de anatomia, fisiologia, patologia etc. A nossa vida gira em torno disso 24 horas por dia. Ser um médico em formação e participar desse processo, com a possibilidade de dialogar com tantas individualidades, é muito enriquecedor. A medicina é algo que envolve tudo que é humano e entender as pessoas em seus aspectos gerais, que comprometem a saúde como um todo, é realmente algo que me forma não apenas como um médico que tenha um olhar diferenciado para os pacientes, mas também como cidadão”, explica Calebe Lima de Brito, aluno do 4º período de Medicina da UNIFASE/FMP.

 

Desde outubro de 2020, estudantes da UNIFASE/FMP estão participando do  desenvolvimento da investigação "Territórios, memórias e diálogos interculturais: pesquisa-criação com adolescentes de escolas públicas do Rio de Janeiro". A proposta dos acadêmicos de Iniciação Científica é analisar de que maneira uma experiência intercultural e intersubjetiva singular como essa produz efeitos na saúde mental, expectativas e projetos de vida, desses adolescentes em um contexto de pandemia. 

 

“A Iniciação Científica agrega muito na vida acadêmica, não só com conteúdo teórico, mas também com a carga social tão importante. Então, eu amo participar desse tipo de projeto, principalmente, pela gama de conhecimentos, pois trabalhamos com ferramentas que ficam de experiência para a vida, que me ensina não apenas o processo de pesquisa-criação, mas tudo que está envolvido com as experiências de cada ser humano e os vínculos que são criados neste processo”, comenta Alice Mesquita, aluna do 3º período de Medicina da UNIFASE/FMP

 

Os vídeos autonarrativos estão disponíveis na mostra internacional e podem ser conferidos no link.

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