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Durante toda a semana, adolescentes de 13 a 17 anos, vítimas das chuvas e que estão abrigados nos pontos de apoio montados pela Prefeitura de Petrópolis, participaram de atividades esportivas e culturais no Sesc de Nogueira. As ações aconteceram dentro do projeto Espaços Seguros e Amigáveis desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação com as crianças e adolescentes que estão nos abrigos.

 

O projeto acontece no horário referente ao período escolar, quando os menores participam de atividades culturais e pedagógicas realizadas por grupos de voluntários cadastrados pelo município, além de receberem alimentação. “O objetivo é que essas crianças e adolescentes saiam do ambiente de abrigamento durante um período para que tenham atividades voltadas para o seu desenvolvimento”, comentou o prefeito Rubens Bomtempo.

 

A iniciativa foi aprovada pelo Ministério Público e apresentada também para o Unicef, que na semana passada conheceu parte do projeto que acontece no Centro de Educação Infantil (CEI) Hermínio Matheus. “As crianças são levadas para os centros de Educação Infantil próximos aos pontos de abrigamento. Já o projeto para os adolescentes acontece no Sesc de Nogueira, que é parceira da nossa iniciativa”, explicou a secretária de Educação Adriana De Paula.

 

No Sesc de Nogueira, os adolescentes realizaram atividades de aquecimento, exercícios de força e flexibilidade e exercícios da ginástica (estrela, rolamentos, parada de três apoios, parada de mão). Os menores que participaram são de cinco pontos de abrigamento: Escola Municipal Papa João Paulo II, Escola Germano Valente, Escola Municipal Rubens de Castro Bomtempo, Escola Comunidade Santo Antônio e Colégio Estadual Rui Barbosa.

 

A treinadora de ginástica artística Georgette Vidor foi quem promoveu parte das atividades na quinta-feira (3).  “Eu me prontifiquei a fazer isso, porque soube desse trabalho tão bonito da Prefeitura. Todo mundo se mobilizando para que esses adolescentes, que estão em abrigos, tenham o entendimento de que a vida continua, que é possível, que tem é que lutar mesmo. Acho que o meu exemplo, de estar em cadeira de rodas e tal, é um exemplo para eles entenderem de que tudo é possível na vida. Imagina você sem estar na sua casa, com tudo o que eles perderam, então acho que temos que dar um momento de felicidade, um momento de esquecer das coisas”, disse Georgette, que é coordenadora da ginástica artística no Flamengo.

 

Promotor de Justiça de Infância e Juventude de Petrópolis, Vicente de Paula Mauro Junior conheceu o projeto ao lado da secretária de Educação. O promotor já tinha conhecido a iniciativa nos centros de Educação Infantil com crianças de dois a 12 anos. Ele destacou a união de forças para viabilizar uma política pública em prol das crianças e dos adolescentes que foram atingidos pelas chuvas.

 

“Nós temos que tratar emocionalmente os adolescentes. Mostrar que é possível uma nova realidade, que as coisas podem andar para frente e que o poder público vai estar do lado. Isso aqui é uma política pública muito importante. Os promotores da infância estão desde o primeiro momento numa parceria muito legal com o município, com a Secretaria de Educação. Então esse é o somatório de várias forças. Espero que nós possamos deixar um legado muito bacana para a vida dessas crianças”, disse o promotor.

 

Um dos participantes foi Tiago Benedicto Dutra, de 16 anos, morador da Rua Teresa e estudante do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Rui Barbosa. “Achei muito bom. É algo para distrair a gente, né? Porque é tanta coisa na cabeça, pelo que aconteceu na cidade. Exercitar o corpo, para não ficar parado, faz bem para a saúde”, disse Tiago.

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