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Eliana Alves Cruz / Foto: Divulgação



PETRÓPOLIS - Os escritores Eliana Alves Cruz e Tom Farias estarão em Petrópolis, Região Serrana do Rio, neste sábado (29/4), às 19h, para participar do seminário “Performances, escrita e personagens”. A atividade integra a programação paralela de “Um oceano para lavar as mãos”, exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha. O seminário tem entrada franca e contará com a apresentação e mediação do historiador Flávio Gomes. Saiba mais em www.sescrio.org.br.

 

Juntos, os três têm uma vasta produção literária aclamada por leitores e pela crítica especializada – fundamentalmente sobre questões raciais. Eliana Alves Cruz, por exemplo, foi a ganhadora do Prêmio Jabuti 2022 na categoria Contos, pelo livro “A vestida”. Colunista da Folha de São Paulo e crítico de literatura do jornal O Globo, Tom Farias é autor de “Cruz e Sousa: Dante Negro do Brasil” e “Carolina, uma biografia”, ambos finalistas do mesmo prêmio, em 2009 e 2019.

 

Professor da UFRJ, Flávio Gomes acumula obras de referência no meio acadêmico. Entre eles estão “Negros e políticas” (2005), “A hidra e os pântanos” (2006), “O alufá Rufino” (2011) e “Mocambos e quilombos: história do campesinato negro no Brasil” (2015), como autor; e “Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação” (2012), “Políticas da raça” (2014), “Dicionário da escravidão e liberdade” (2018) e “Enciclopédia Negra” (2021), como organizador – esses dois últimos juntamente com Lília Schwarcz. 

 

“Num Atlântico Negro – entre África, Brasil e Américas – personagens reinventaram culturas e os mundos em torno delas. Fundamentalmente produziram experiências, desenvolvendo performances. Neste encontro vamos conversar com escritores que seguiram trajetórias e misturaram biografias”, observa Flávio Gomes, que é curador da programação literária paralela à exposição “Um oceano para lavar as mãos”.

 


Programação paralela

Ao longo do período da exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que fica em cartaz até 17 de setembro de 2023, serão quatro os encontros em formato de seminário.  Flávio Gomes explica que “uma das principais propostas do eixo seminário é resgatar as formas poéticas da língua escrita, bem como das formas da tradição oral, da livre conversação, do conto, do contar uma história, à mão livre. A cultura griot na qual estamos imersos celebra a roda, a escuta e a fantasia de forma sagrada. Observar a dimensão da poesia no dia-a-dia de trabalhadoras e trabalhadores, bem como de suas crianças e idosos é um compromisso da nossa exposição. Estes seminários e apresentações contarão com importantes nomes da tradição da escrita e da fala sul-americanas”.

 

Os curadores-gerais da exposição, Marcelo Campos e Filipe Graciano, destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

 

Serviço

Centro Cultural Sesc Quitandinha

Avenida Joaquim Rolla, nº 2 – Petrópolis/RJ

Terças a domingos e feriados, das 10h às 17h

Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30

Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados, das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)

Entrada gratuita

Contato: 4020-2101

falecomagente@sescrio.org.br


 

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