O prefeito Hingo Hammes; o
vice-prefeito Albano Filho Baninho; e os secretários de Meio Ambiente, Pedro
Alcântara; de Obras, Maurício Veiga; de Defesa Civil, Guilherme Moraes; de
Assistência Social, Adriana Kreischer; de Governo, Fred Procópio; de Saúde,
Luis Cruzick e da secretária Chefe de Gabinete, Rosângela Stumpf, apresentaram
um documento em resposta a Carta de Petrópolis durante reunião nesta
sexta-feira (31/05). O documento é um conjunto de propostas desenvolvidas pelo
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Projeto
Morte Zero, e pela Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de
Janeiro (SEAERJ), com o objetivo de minimizar riscos socioambientais e prevenir
tragédias.
"Desde que recebemos a
carta, em fevereiro desse ano, nossos secretários e corpo técnico das
secretarias se debruçaram sobre o documento no intuito de mostrar o que já vem
sendo executado na cidade, os projetos que já existem e quais propostas o município
pode abraçar para atender a esse pedido que também é da sociedade civil. O que
foi feito em consonância com os princípios da prevenção e proteção
socioambiental, com destaque especial para os eixos ‘Meio Ambiente e Defesa
Civil’, ‘Saúde e Assistência Social’”, destacou o prefeito Hingo Hammes, que
pontuou ainda a importância da integração de todos os setores da cidade na
busca de resposta e soluções para lidar com as tragédias que já afetaram a
cidade e na preparação para minimizar o impacto de futuros desastres
socioambientais. “Em abril tivemos uma experiência positiva, conseguindo
alertar a população com antecedência sobre as chuvas intensas. Decretamos ponto
facultativo, a sociedade entendeu a emergência e com isso conseguimos passar
por esse episódio sem que nenhuma vítima”, ressaltou o prefeito.
Entre os pontos de resposta a
Carta Petrópolis, está o decreto número 97, publicado no Diário Oficial (D.O.),
do dia 27 de maio, que constitui um grupo de trabalho com objetivo de tornar
Petrópolis mais resiliente às tragédias climáticas. O grupo, composto pelo
gabinete do prefeito, e pelas as secretarias de Defesa Civil, Obras, Habitação,
Meio Ambiente, Planejamento, Procuradoria Geral e Assistência Social, irá se
reunir mensalmente, pelos próximos 12 meses (prazo que pode ser prorrogado),
para promover debates, audições, projetos e soluções para preparar a cidade
para lidar com cenários críticos como o vivido em 2022.
Outro ponto debatido foi o
mapeamento das áreas para implantação de moradias, com fins à realocação dos
moradores das áreas de risco. A Prefeitura apresentou o quadro de terrenos
disponíveis para o Minha Casa Minha Vida e unidades de reconstrução do
Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, que foi desenvolvido pelo
Departamento de Habitação e Regularização Fundiária, incluindo as 140 unidades
da Mosela, com contrato assinado e previsão de início das obras já em 2025.
“O Setor de Habitação da
Secretaria de Assistência Social segue com cadastro de terrenos indicados para
construção e realocação de novas habitações, indicando as áreas para demais
chamamentos que município está contemplado 188 unidades e mais dois chamamentos
de 84 e 70 unidades pelo Governo do Estado. Temos ainda 248 unidades deferidas
em 2025 através do MIDR, com potencial para Petrópolis atingir um total de 730
unidades, todas com recursos do federal, podendo totalizar mais de 115
milhões”, informou o prefeito.
A resposta à Carta Petrópolis
foi elaborada em conjunto com o governo municipal e a sociedade civil, especialistas
e órgãos públicos. O objetivo é tornar a cidade mais segura e sustentável
diante dos desafios ambientais.
A promotora do MPRJ, Denise
Tarin, agradeceu pela recepção da Prefeitura e ressaltou a importância da
iniciativa. “É importante reconhecer a participação e a integração como
valores. Vejo com grande satisfação, como o próprio prefeito falou, vários
encaminhamentos, decretos já sendo publicados. Mostra, primeiro que há uma
abertura ao novo. A gente só faz inovação com o novo. E a outra perspectiva é a
vontade de realizar um trabalho, que efetivamente coloque a pessoa humana como
protagonista da solução”, disse a promotora.
Parceria com universidades e
instituições da sociedade civil
Também estiveram presentes na
reunião a presidente da Seaerj, Maria Isabel Tostes; além de representantes do
Núcleo de Arquitetos de Petrópolis (NAU) e de instituições de ensino superior
públicas e privadas.
O professor de arquitetura da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em Petrópolis, Wilder Ferrer,
ressaltou a integração dos cursos de arquitetura da cidade, juntamente com
instituições como o NAU e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) na busca
por desenvolvimento e projetos e soluções para a cidade. “Nós temos espaços,
nessas três universidades (UCP, Estácio e UERJ) que trabalham juntas, como
campo de atuação. Encontros como o de hoje, geram mais proximidade com os
problemas reais do município. Nós da academia, com todo o arcabouço de
conhecimento, com pessoas técnicas, nessa integração temos facilidade de
soluções e de acertar nos processos”, frisou o professor.
O atendimento de saúde mental
para as vítimas das tragédias e demais moradores da cidade também foi acordado
no encontro. “Primeiro é preparar, desenvolver o crescimento da rede de apoio à
saúde mental. Essa é uma questão federal. O segundo ponto é que, em qualquer
área de formação, a gente coloca o aluno para pensar a partir da sua realidade
local. Tivemos esse debate no nosso curso de administração, para que todos os
alunos pensassem soluções para a questão dos desastres. Isso muda toda a lógica
de formação dos profissionais, não só os de saúde”, destaca a reitora da
Unifase, Maria Isabel de Sá Earp.
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