As “canetas de emagrecimento”
vêm ganhando, cada vez mais, popularidade entre as pessoas que buscam pela
perda de peso de maneira rápida e eficaz. Embora tenha sido desenvolvida para o
tratamento do diabetes, estudos científicos robustos também comprovam sua
eficácia no manejo da obesidade, sendo aprovada oficialmente para esta
finalidade, por agências regulatórias como a FDA e a Anvisa. Tendo em vista a
necessidade do acompanhamento clínico, médica explica os benefícios e limites
da utilização, alertando para os perigos da automedicação.
De acordo com a Dra. Nathália
Ventura, médica especializada em endocrinologia, os medicamentos são aplicados
por via subcutânea e atuam diretamente nos hormônios relacionados ao controle
do apetite, especialmente os receptores de GLP-1 (Peptídeo semelhante ao
Glucagon tipo 1). Esse mecanismo promove a redução da fome, retarda o
esvaziamento gástrico e aumenta a sensação de saciedade, facilitando o controle
da ingestão calórica, contribuindo para a perda de peso.
“As substâncias mais populares
são a liraglutida (Saxenda), semaglutida (Ozempic e Wegovy) e tirzepatida
(Mounjaro), sendo a última, responsável por resultar na perda de até 22% do
peso corporal, quando seguida por mudanças de hábito alimentar e prática de
atividade física. As injeções melhoram o controle da glicemia, reduzindo o
risco de complicações cardiovasculares”, destacou.
Estudos clínicos de grande
porte, como os ensaios STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with
Obesity) e SCALE (Satiety and Clinical Adiposity—Liraglutide Evidence),
demonstraram de forma consistente a eficácia desses medicamentos na redução de
peso em pacientes com obesidade ou sobrepeso, mesmo na ausência de diabetes. Já
as principais diretrizes internacionais, como a Endocrine Society e American
Diabetes Association, reconhecem o uso desses fármacos como parte do tratamento
médico da obesidade.
Apesar dos resultados, nem
todas as canetas são iguais, variando em potência, frequência de uso, efeitos
colaterais e mecanismos de ação, que devem ser devidamente avaliados por um
especialista. Segundo a médica, as canetas de emagrecimento não são indicadas
para todas as pessoas, como pacientes que apresentam histórico de pancreatite,
problemas renais graves, gestantes ou pessoas com alterações hormonais.
“O uso indiscriminado deste
medicamento pode provocar sérios riscos, como hipoglicemia, perda de massa
magra e efeitos gastrointestinais severos. Por isso, é importante que a pessoa
entenda que o medicamento é um recurso auxiliar, que não substitui a dieta, o
exercício e o cuidado emocional. Elas andam juntas, fazendo parte de um plano
que gere resultados duradouros”, disse a Dra. Nathália Ventura.
O tratamento pode durar entre
seis meses a dois anos, podendo ser estendido, diante de avaliação médica,
seguida por exames, ajustes de dose e prevenção de carências nutricionais.
“Procure um médico, tenha uma avaliação correta e personalizada, com o
monitoramento da evolução, controlando e prevenindo os efeitos colaterais. Com
o suporte adequado, os resultados poderão ser visíveis”, concluiu.
Para dicas sobre o assunto, a
médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, com informações que
priorizam a saúde, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente,
perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por
tratamento. Atendimentos clínicos também são realizados, nas clínicas
localizadas em Duque de Caxias e Petrópolis.
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