Petrópolis recebeu neste sábado (14/06) mais uma edição do Festival Paralímpico. O evento deste ano foi o maior desde 2021, quando a cidade foi incluída no calendário nacional. Foram 350 inscritos, entre estudantes da rede municipal de ensino e de jovens atendidos por entidades que atendem pessoas com deficiência. O 32º Batalhão de Infantaria Leve foi o palco mais uma vez da iniciativa, promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e pela Caixa Econômica Federal, com apoio da Prefeitura.
Mais uma vez, o Festival Paralímpico, promoveu o esporte como ferramenta de inclusão na cidade. "Eu quero parabenizar e agradecer todos os profissionais da nossa rede que estiveram aqui, as entidades parcerias e o 32º Batalhão, que possibilitam mais essa edição. O Festival Paralímpico vem crescendo a cada ano, assim como nosso trabalho para incluir o esporte para os nossos alunos com deficiência. Hoje temos dois centros onde os alunos podem praticar modalidades paralímpicas, na Fábrica do Saber e em Pedro do Rio, na Escola Monsenhor João de Deus Rodrigues. Queremos cada vez mais as crianças brincando e suando a camisa", disse o prefeito Hingo Hammes.
"É uma honra para o nosso Batalhão receber a população de Petrópolis. Maior orgulho que temos é ceder o nosso espaço para essa ação. Podem contar sempre com o nosso Batalhão para esse tipo de ação", afirmou o comandante do 32º BIL, tenente-coronel Diogo Oliveira Genial.
Durante o dia, crianças e jovens de sete a 17 anos, de 39 escolas municipais e atendidos pela APAE, Pestalozzi e Projeto Andorinhas, puderam praticar modalidades paralímpicas, como atletismo, bocha e vôlei sentado, além do circuito recreativo. São crianças com deficiência física, intelectual, auditiva, visual, com TEA (transtorno do espectro autista) e síndrome de Down. Uma delas foi a Giovana, de 14 anos, da Escola Municipal Paulo Freire. A mãe, a administradora Monique Torres, contou que o Festival Paralímpico é marcado pela alegria das crianças.
"Eu acho incrível. A gente não tem muita noção de quantas crianças tem alguma dificuldade ou deficiência, e aqui, quando elas se juntam, a gente vê muita alegria. É importante tanto para eles quanto para as escolas esse momento, que eu nunca tinha visto na minha vida, mas eu acho muito legal. Eu participo sempre e acho muito importante todo mundo participar", comentou.
O professor de educação física, Marcelo Gonçalves, atua há cerca de 20 anos na rede municipal. Marcelão, como é mais conhecido, tem no currículo cinco títulos brasileiros e chegou a ser o 8º lugar no ranking mundial de paratleta de arremesso de peso. Para ele, o Festival Paralímpico é um primeiro passo para as incluir crianças com deficiência e até despertar nelas o interesse pelo esporte de alto rendimento.
"A importância do Festival Paralímpico é, principalmente, por ser o primeiro passo onde a pessoa com deficiência tem a possibilidade de experimentar uma vivência no esporte, na qualidade de vida e na modalidade que desenvolve o paratleta. Isso é muito importante na vida da pessoa com deficiência porque, através desse primeiro passo, ela vai poder desenvolver suas capacidades psicológicas e motoras. E, principalmente, trabalha-se a inclusão. O grande fato que ocorre quando acontece o Festival Paralímpico é essa comunhão de pessoas, onde aquela pessoa que é vista muitas vezes pela sociedade como não-produtiva, ela mostra que pode e tem qualidades para superar suas dificuldades e ser exemplo para sociedade", destacou.
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.