Em comemoração ao Dia do Ceramista, celebrado no dia 28 de maio, o grupo Arte Cerâmica lançou um mapa virtual com a localização dos ateliês em funcionamento em Petrópolis. A proposta, antiga entre os integrantes do movimento de ceramistas da cidade, é apresentar de forma visual a presença e a distribuição geográfica desses espaços.


No mapa, além de ter acesso aos endereços, é possível verificar os ateliês que ficam abertos à visitação e os que necessitam de agendamento, além de informações de contato de cada um e, ainda, os que possuem aulas, queimas e vendas das peças.  Ao todo, são 25 ateliês espalhados por Petrópolis, desde o Centro até regiões como Secretário e Brejal. “O mapa foi uma forma visual que disponibilizamos para que os apreciadores da cerâmica possam encontrar os ateliês. Também é uma maneira de divulgar a região em que os ceramistas atuam”, explicou Camila Muniz, que coordenou o projeto.


A ocasião escolhida para divulgar a novidade foi o mês em que se celebrou os 11 anos em que a cidade passou a comemorar o Dia do Ceramista. Instituída pela Lei Municipal 7.187/2014, a data destaca o impacto da cerâmica artística na cidade e no país, além de valorizar o trabalho de artesãos que transformam argila em peças autorais.



História da cerâmica em Petrópolis

A prática da cerâmica em Petrópolis tem raízes históricas. Na década de 1920 foi inaugurada a primeira fábrica de cerâmica artística, em Itaipava, e até a década de 1950 a cidade recebeu importantes ceramistas europeus.


Já o Grupo Arte Cerâmica surge em 2012, com o objetivo de resgatar essa tradição, integrar artistas locais e consolidar a cidade como referência na produção de cerâmica do estado do Rio de Janeiro. O grupo atua na realização de eventos culturais e na articulação com outros polos de cerâmica no Brasil e no exterior.


Neste período de atuação, o Arte Cerâmica passou por um crescimento significativo, que foi impulsionado pela pandemia e pelo fortalecimento das redes de apoio entre os ceramistas. Entre os participantes do movimento estão nomes como Maria Luiza Lacerda, que começou a praticar cerâmica em 1967 e se estabeleceu em Petrópolis há 36 anos, e Solange Mano, que atua desde 1987 e tem presença constante em exposições, workshops e seminários internacionais.


Camila Muniz passou a integrar o grupo mais recentemente, em 2020. Arquiteta, ela se mudou do Rio para Petrópolis nesta época e encontrou na cerâmica um ponto de conexão e estabilidade em sua vida, que influenciou sua jornada pessoal e profissional. “Eu me apaixonei pela arte desde o primeiro contato. Desde então, meus vínculos com a cidade foram todos se expandindo e intensificando por causa da cerâmica”, contou.

 

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