Aos poucos, a arritmologia,
subespecialidade da cardiologia que trata distúrbios do ritmo do coração tem
deixado de ser restrita aos grandes centros. No estado do Rio de Janeiro,
médicos com formação específica vêm mudando esse cenário ao oferecer tratamentos
de ponta em cidades do interior.
Embora o termo ainda seja
desconhecido para muitos, os distúrbios que essa área médica trata são cada vez
mais comuns: palpitações, desmaios, fadiga e batimentos descompassados podem
ser sinais de arritmias que, quando não diagnosticadas ou tratadas, aumentam o
risco de AVC, insuficiência cardíaca e até morte súbita.
“A arritmia não tem idade,
pode afetar desde jovens atletas até idosos frágeis. Mas o que muitas vezes
impede o tratamento adequado é o desconhecimento sobre a especialidade e a
falta de acesso a centros capacitados”, explica o Doutor Tayene Quintella,
especialista em arritmias que atende a região serrana, metropolitana e oceânica
do Rio de Janeiro.
Além de atuar na rede privada,
o médico também atende pelo SUS e em ambulatórios universitários. Há cerca de 5
anos atuando em Petrópolis, há 8 meses Tayene faz parte de um grupo de médicos
que atende esse tipo de casos em Teresópolis, também na Região Serrana do
Rio. Um dos atendimentos que mais chamou atenção recentemente foi o de um
paciente de 74 anos, em hemodiálise, que recebeu um marcapasso sem fio,
alternativa usada quando o procedimento tradicional não é viável.
A presença de profissionais
com esse perfil em diferentes regiões do estado tem colaborado para
descentralizar procedimentos de alta complexidade e ampliar o acesso a
diagnósticos mais precisos.
Além do trabalho clínico,
Tayene já participou de intercâmbios com profissionais da China e da Espanha,
em discussões sobre protocolos, tecnologia e uso racional de dispositivos. “A
medicina tem se globalizado também pela prática. Trocar experiências é uma
forma de atualizar os métodos, mas também de mostrar o que está sendo feito
aqui”, afirma.
Com a consolidação de serviços
especializados fora da capital, cresce também a expectativa de que pacientes
com arritmias possam ser tratados com mais agilidade e, principalmente, mais
perto de casa.
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