![]() |
Foto: Reprodução |
Mais do que uma comemoração
religiosa, a Festa de São Pedro, realizada há 74 anos no distrito de Pedro do
Rio, acaba de ser oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial
de Petrópolis. A Lei Municipal nº 9.062/2025, sancionada na última sexta-feira
(25), contempla não apenas a dimensão espiritual do evento, mas todo o conjunto
de manifestações que envolvem o festejo: a novena preparatória, a Missa Solene
no dia 29 de junho, a tradicional Procissão e a vibrante festa popular que
movimenta a comunidade com música, comidas típicas e encontros memoráveis.
O projeto, de autoria dos
vereadores Marquinhos Almeida e Júnior Paixão, foi celebrado com entusiasmo
pelos moradores do distrito e pelos organizadores da festividade. Para muitos,
o reconhecimento formal é um gesto de valorização da história viva que pulsa
nas ruas de Pedro do Rio a cada junho. “São Pedro é a grande devoção dos
pedrorrienses. Essa festa é repleta da alegria do encontro, da fé e do
entusiasmo característicos da nossa comunidade. Quem participa uma vez se
encanta e sempre volta!”, destaca o Padre Ian Lemos, administrador paroquial da
Igreja Matriz.
Mais do que símbolo religioso,
a festa é um marco de identidade local. O tradicional prato de aipim com carne
seca, por exemplo, tornou-se ícone da culinária afetiva da região e é um dos
atrativos que reúne famílias inteiras em clima de celebração. Segundo o
vereador Júnior Paixão, o evento representa a preservação de memórias, costumes
e sabores que atravessam gerações.
Com a nova legislação, o
município reafirma seu compromisso com a preservação do patrimônio imaterial,
assegurando que a Festa de São Pedro continue sendo incentivada por meio de
políticas públicas e ações culturais. O Instituto Municipal de Cultura ficará
responsável por regulamentar e promover os festejos, em articulação com a
comunidade e a paróquia local.
“O reconhecimento da Festa de
São Pedro como patrimônio cultural imaterial reforça o papel das tradições
populares na construção da identidade petropolitana e valoriza o que há de mais
genuíno na vida comunitária: a união em torno da fé, da cultura e da memória
coletiva”, afirma o vereador Marquinhos Almeida.
Na pequena Pedro do Rio, o som dos sinos, o cheiro da comida feita com carinho e o brilho nos olhos dos fiéis seguem traduzindo o que nem toda lei é capaz de descrever: o espírito de um povo que encontra na festa do padroeiro a força de se reconhecer, de celebrar e de seguir em comunhão.
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.