O Campeonato Regional Leste de Bocha Paralímpica reuniu, durante este mês, atletas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Petrópolis foi representada por dois competidores que integram o Centro de Referência Paralímpico, iniciativa da Prefeitura em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro.


Os jovens Yago Bravo e Pedro Prata disputaram a classe BC1. Yago conquistou a sexta colocação, enquanto Pedro ficou em sétimo lugar. Ambos treinam nos polos da Escola Municipal Fábrica do Saber e da Escola Municipal Monsenhor de Deus Rodrigues, em Pedro do Rio.


A bocha paralímpica é uma modalidade voltada para pessoas com deficiências que afetam severamente a coordenação motora. As disputas são organizadas em classes esportivas, de acordo com o grau de comprometimento físico de cada atleta. A categoria BC1, na qual competem os petropolitanos, é destinada a jogadores que utilizam cadeira de rodas e podem lançar as bolas com mãos ou pés, contando, em alguns casos, com auxílio de um calheiro.


_“A participação de nossos alunos em competições oficiais mostra como o investimento em estrutura e acompanhamento técnico pode transformar realidades e abrir caminhos no esporte”_, ressaltou a secretária de Educação, Poliana Ferrarez.


O Centro de Referência Paralímpico funciona com apoio da Secretaria de Esporte, Lazer, Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. O trabalho intersetorial busca garantir a inclusão e ampliar o acesso às modalidades adaptadas, oferecendo suporte desde a iniciação até a participação em campeonatos.


Para o técnico Marcelo Gonçalves Corrêa, a evolução dos atletas é perceptível a cada etapa. _"Os atletas demonstraram evolução significativa e representaram muito bem a cidade. Esse é apenas o início de uma trajetória promissora”_, destacou.


A modalidade exige alto nível de concentração, precisão e estratégia, pois o objetivo do jogo é lançar as bolas o mais próximo possível de uma bola-alvo chamada “jack”. As partidas são disputadas em quadras de superfície lisa e podem ser realizadas de forma individual, em duplas ou em equipes.


Nos polos de treinamento de Petrópolis, os alunos têm acesso a acompanhamento técnico, vivência em treinos regulares e atividades que fortalecem o desenvolvimento motor e a integração social. A prática da bocha contribui também para o ganho de autonomia e para a formação de novos vínculos entre os participantes.


A inserção da cidade em competições regionais como esta amplia a visibilidade do trabalho realizado na rede municipal e reforça a presença de Petrópolis no calendário da bocha paralímpica. A expectativa é de que mais alunos sejam inseridos nas atividades e possam representar o município em torneios estaduais, regionais e nacionais.

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