A mobilidade em Itaipava continua sendo um dos principais gargalos para moradores e trabalhadores do distrito. Atrasos frequentes nos ônibus e a falta de coletivos em horários de pico têm tornado o deslocamento cada vez mais difícil. A Estrada União e Indústria, via federal que corta o distrito, concentra grande parte do tráfego e é ponto crítico de retenções. Já as concessionárias reclamam de vias com retenções por irregularidades como estacionamento proibido e falta de fiscalização, o que gera atrasos no sistema. Sem transporte público eficiente, motoristas recorrem a carros e motos, aumentando congestionamentos, atrasos e risco de acidentes. Para a Unita – Unidos por Itaipava - o problema compromete toda a dinâmica urbana da região.


O problema atinge tanto a população quanto os empreendimentos locais. Funcionários relatam atrasos de até duas horas para chegar ao trabalho ou voltar para casa, muitas vezes após longas esperas em pontos sem estrutura adequada. Casos recentes em Araras, com conexão com Itaipava, onde moradores chegaram a bloquear ônibus por atrasos e falhas mecânicas, ilustram a recorrência de problemas no transporte público. Para a entidade, a situação evidencia a necessidade de planejamento, fiscalização e investimentos permanentes no transporte público.


“Mobilidade é a nossa bandeira. O transporte público é peça-chave para redução do  número de carros nas ruas, melhoria nos deslocamentos e ajudar a manter a qualidade do distrito”, afirma Alexandre Plantz, presidente da Unita. Segundo ele, a mobilidade deve ser encarada como prioridade para a gestão de Itaipava. “Quando o transporte público não funciona, sobra para o trânsito. Mais pessoas recorrem a carros e motos, o que aumenta os engarrafamentos, a poluição e os acidentes. É uma equação negativa para todos. Se tivermos ônibus eficientes, tiramos veículos das ruas, melhoramos os deslocamentos e preservamos a dinâmica do distrito”, completa.


A entidade cobra medidas urgentes da Prefeitura e das concessionárias, incluindo reforço da frota nos horários de pico, manutenção constante dos veículos e fiscalização rigorosa para que o serviço atenda à demanda. Segundo a Unita, transporte público eficiente é a chave para reduzir congestionamentos, diminuir poluição e preservar o distrito como polo econômico e turístico de Petrópolis.


O secretário da Unita, Fabrício Santos, reforça que os reflexos atingem diretamente a economia. “Temos restaurantes, hotéis, shoppings e inúmeros empreendimentos que dependem de uma mão de obra que chega ao distrito diariamente. Quando esse trabalhador passa duas horas em pé, esperando ou dentro de um ônibus superlotado, ele não rende o que poderia. E isso impacta a qualidade de vida do trabalhador, o empresário, o cliente e a imagem de Itaipava como destino turístico”, destaca.


Para a entidade, os problemas de transporte público em Itaipava precisam ser enfrentados como parte da agenda estratégica de mobilidade. “A estrada União e Indústria, que corta o distrito e é uma via federal, já convive diariamente com retenções. Sem alternativas eficientes de deslocamento coletivo, qualquer atraso gera prejuízos que extrapolam o transporte em si, afetando moradores, visitantes e empresas”, aponta Alexandre Plantz.

 

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