O Movimento Petrópolis 2030,
formado por 30 entidades empresariais e representativas da sociedade, quer que
um patrimônio histórico e turístico da cidade que permanece abandonado, o
Mirante do Belvedere, na descida da Serra, seja revitalizado e entregue à
visitação turística. O local, inaugurado em 1950, está interditado à visitação
desde 2013, quando foi ocupado pela antiga concessionária da BR-040 para
depósito das obras da nova pista de subida, que até hoje não foram concluídas.
A nova pista é prioridade para o Movimento, que defende um cronograma imediato
de execução, mas lembra que obras de infraestrutura precisam caminhar junto à
valorização do patrimônio cultural e turístico de Petrópolis.
Apesar de ter sido desocupado
pela Concer após pressão do Conselho Municipal de Tombamento Histórico,
Cultural e Artístico, o Belvedere nunca recebeu investimentos em conservação,
nem funciona como ponto aberto oficialmente à visitação. Tombado pelo município
desde 2011, o espaço poderia ser um cartão-postal de Petrópolis, mas segue
fechado, sem infraestrutura, sem serviços e fora dos roteiros turísticos.
“O Belvedere é um exemplo de
como Petrópolis deixa de aproveitar seus potenciais. Temos um patrimônio
histórico e uma vista privilegiada da serra que poderiam atrair moradores e
turistas, gerar renda para o comércio e fortalecer a imagem da cidade. Em vez
disso, vemos um espaço degradado, esquecido pelo poder público que não cobra
dos concessionários de serviços a atenção necessária”, afirma Cláudio Mohammad,
presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis que lidera a união empresarial
de entidades.
Para o Movimento Petrópolis
2030, que é formado por 30 entidades e tem como uma das suas pautas
prioritárias investimento no Turismo, a recuperação do mirante deve ser uma
pauta urgente e também inserida no planejamento da nova concessionária da
BR-040, o consórcio Nova Estrada Real, que assume o trecho em outubro. “Não se
trata apenas de restaurar um espaço, mas de resgatar uma identidade. O
Belvedere pode voltar a ser um ponto de orgulho da cidade, um atrativo a mais
em Petrópolis”, completa Mohammad.
O dirigente lembra ainda que o
Belvedere esteve ligado à própria história da estrada, que hoje enfrenta
desafios semelhantes. A nova pista de subida da serra, prevista para 2013,
permanece inconclusa e com promessa de entrega apenas nos próximos anos. Para o
movimento, a obra precisa ser tratada como urgência pela nova concessionária.
“É inaceitável que a cidade
continue convivendo com uma rodovia insegura e um mirante interditado. A serra
precisa de uma via moderna e de espaços que valorizem a experiência de quem
chega a Petrópolis”, reforça Mohammad.
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