Dores articulares ou musculares, inchaço, calor, vermelhidão, febre, emagrecimento ou até manchas na pele. Estes são alguns sinais de alerta que podem indicar o surgimento de uma doença reumática, grupo de enfermidades que pode atingir pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Visando conscientizar a população acerca do diagnóstico e tratamento desse tipo de condição, foi criado o Dia Nacional de Luta contra as Doenças Reumáticas, comemorado no dia 30 de outubro.
Segundo a Dra. Ana Lisa Gallagher, reumatologista do Hospital Santa Teresa, as doenças reumáticas afetam o tecido conjuntivo, presente nas articulações, músculos e vasos sanguíneos, e podem comprometer também órgãos vitais como coração, pulmões e rins. “São cerca de 120 doenças diferentes que envolvem processos inflamatórios, imunológicos ou degenerativos. Elas podem causar dor, inflamação e até deformidades articulares irreversíveis se não tratadas a tempo”, explica a especialista.
Embora o termo “reumatismo” ainda seja usado popularmente, ele não define uma única doença. O grupo das doenças reumáticas é amplo e diverso, podendo atingir de crianças até idosos. “Existe, inclusive, a reumatologia pediátrica, voltada ao diagnóstico e tratamento das doenças reumáticas na infância”, completa a médica.
Entre as principais doenças reumáticas, estão as do tecido conjuntivo imunomediadas, como lúpus, artrite reumatoide, esclerodermia, síndrome de Sjögren e vasculites. Existem também as doenças degenerativas e metabólicas, como osteoartrite e gota, além de síndromes crônicas como a fibromialgia, que, mesmo sem inflamação ou lesão aparente, causa dores musculares generalizadas, fadiga persistente e sensibilidade aumentada no corpo.
Já o tratamento pode variar conforme o tipo de doença, mas envolve geralmente o uso de medicamentos anti-inflamatórios e imunossupressores, além de mudanças de estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar com fisioterapia e atividade física supervisionada. “Como essas doenças podem causar danos irreversíveis às articulações e aos órgãos, o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, menores são as consequências futuras”, conclui a reumatologista do Hospital Santa Teresa.


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