15ª Mostra de Audiovisual encerra edição histórica com mais de 60 horas de programação, artistas convidados e público recorde

 

Atriz Karine Teles 

Foram seis dias de imersão no universo do cinema. De 3 a 8 de novembro, a 15ª Mostra de Audiovisual de Petrópolis transformou a cidade em um grande circuito de arte e formação, com mais de 60 horas de atividades entre exibições de filmes, oficinas, masterclasses, painéis e debates. A maratona ocupou espaços como o Teatro Imperial, o Centro Cultural Sesc Quitandinha, o Cine Bauhaus e o Centro de Cultura Raul de Leoni, reunindo estudantes, realizadores, educadores e o público cinéfilo. Cerca de duas mil pessoas acompanharam a intensa programação.

Ao todo, mais de 50 filmes foram exibidos — entre longas premiados, curtas universitários, produções independentes, obras de cineastas petropolitanos e os filmes realizados pelos alunos do Ensino Médio Integrado em Produção de Áudio e Vídeo (EMI-AV) do Colégio Estadual Dom Pedro II, braço realizador da Mostra. A programação também recebeu artistas convidados, como as cineastas Karen Suzane e Marina Meliande, os atores João Manoel e Alexandre Barillari e a roteirista e atriz petropolitana Karine Teles, que participaram de sessões, debates e encontros com o público.

A formação também teve destaque: oficinas de animação, inteligência artificial, figurino e enquadramento, além de painéis sobre produção audiovisual, legislação, cineclubes e o papel cultural do cinema. Para a professora Elaine Mayworm, coordenadora de produção da Mostra e professora do EMI-AV, o resultado supera expectativas.

“Essa edição confirmou que Petrópolis tem uma nova geração de realizadores e um público que valoriza o cinema nacional. Ver estudantes dividindo a tela com diretores consagrados mostra o caminho que queremos fortalecer: educação, cultura e democratização do audiovisual.”

A curadora Felícia Krumholz destaca a potência do encontro entre diferentes linguagens e público. “A Mostra cresceu em qualidade e diversidade. Tivemos filmes de várias regiões do país, exibições lotadas, oficinas esgotadas e um interesse enorme da juventude. A cidade respirou cinema.”