O movimento Unidos por
Itaipava (UNITA) defende que o desenvolvimento do distrito precisa ser
acompanhado por um planejamento público integrado, capaz de alinhar expansão
urbana, mobilidade, turismo e meio ambiente. A entidade destaca que Itaipava
cresce de forma acelerada — com novos empreendimentos, condomínios e aumento
constante no fluxo de visitantes —, mas sem que o poder público ofereça
infraestrutura e gestão à altura desse avanço.
De acordo com a UNITA, o que
se observa hoje é um crescimento desarticulado, no qual as secretarias
municipais atuam de forma isolada e sem diálogo entre si. O resultado é a
sobrecarga das vias, o acúmulo de resíduos, problemas na mobilidade, falta de
manutenção de calçadas e sinalização, questões que se repetem sem solução
duradoura.
O movimento ressalta que o
problema não está no crescimento em si, mas na ausência de coordenação. “Itaipava
atrai investimentos, empregos e turismo de qualidade — e isso é positivo. O que
falta é um planejamento que integre as áreas e garanta que esse desenvolvimento
venha acompanhado de mobilidade, limpeza urbana, infraestrutura e segurança”,
afirma Alexandre Plantz, presidente da Unita.
Para a associação, que
congrega empresários e moradores, a falta de um plano distrital com diretrizes
específicas impede que as ações avancem. Obras e intervenções ocorrem de forma
pontual, sem conexão com políticas mais amplas de mobilidade ou de ordenamento
urbano. “Não se trata apenas de tapar buracos ou recolher lixo. É preciso
pensar o distrito como um todo, com visão de longo prazo e integração entre as
secretarias”, reforça Fabrício Santos, secretário da Unita.
A UNITA também aponta que a
distância administrativa entre Itaipava (que é o centro geográfico do
território municipal) e o Centro Histórico — onde se concentram as principais
secretarias municipais — dificulta a resolução de demandas cotidianas e o
acompanhamento das ações públicas no distrito. Para o movimento, instalar uma
estrutura administrativa completa da Prefeitura em Itaipava, com presença
efetiva de secretarias estratégicas e equipes técnicas, seria uma forma de
agilizar respostas, fortalecer o diálogo com a comunidade e aproximar a gestão
municipal das necessidades locais.
O movimento propõe que
Itaipava seja incluída em um projeto de planejamento participativo, com
representantes do poder público, moradores, empresários e entidades locais, de
forma a definir prioridades e estabelecer metas comuns. “Itaipava é um polo
turístico e econômico fundamental para Petrópolis. Mas, sem um olhar integrado,
o distrito perde em qualidade de vida, competitividade e atratividade”, analisa
Alexandre Plantz.


Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.