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Vereador Yuri Moura foi o único a votar contra indicação que prevê compra e distribuição de ivermectina como profilaxia (Foto: Ascom CMP)



Apesar da falta de comprovação científica e posicionamentos contrários da Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto ao uso da ivermectina no tratamento precoce à Covid-19, a Câmara Municipal de Petrópolis aprovou, na noite de ontem, uma indicação legislativa que prevê a compra e distribuição do medicamento pelo município, sob a justificativa de profilaxia.

 

A indicação legislativa, votada em regime de urgência, é do vereador Octávio Sampaio (PSL), mas foi defendida por outros vereadores, como o Dr. Mauro Peralta (PRTB), presidente da comissão de saúde da casa, pela qual a matéria não tramitou. Foram 11 votos favoráveis. Apenas um vereador se posicionou e votou contra: Yuri Moura (PSOL). Gil Magno e Júnior Paixão, ambos da Democracia Cristã, estavam ausentes, enquanto Fred Procópio (PL), na condição de presidente da sessão, não votou. 

 

Para Yuri, a aprovação da indicação é surpreendente e irresponsável, já que, a principal agência reguladora do país, a Anvisa, não reconhece eficácia no uso da mediação no tratamento precoce à Covid-19:

 

“É inaceitável que uma casa de interesse público, como a Câmara, indique ao legislativo  a compra e distribuição de medicamentos sem comprovação científica e não regulado pela Anvisa para este fim. É uma sinalização muito ruim, que coloca a população em posição de cobaia, justamente no momento de piora da pandemia e com recordes de mortes no Brasil. Além disso, fingir que existe um remédio que salva, prejudica o engajamento pelo distanciamento social. O que salva é a vacina, uso de máscaras e seguir as demais recomendações para evitar o contágio ”, disse.

 

Cabe ao município acolher ou não a indicação legislativa. A ivermectina já é distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS), mas para outros fins. A matéria aprovada pode levar ao gasto da Secretaria de Saúde na compra de maior quantidade deste medicamento.

 

“Conversarei com o prefeito e secretário de saúde. O governo municipal teve sensibilidade em aderir ao consórcio das vacinas, medida que propomos há algumas semanas. Tenho certeza que nos ouvirão novamente”, concluiu Yuri.


(Edição 04/03/2021)

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